Brasília – 2 de julho de 2025 – Em pronunciamento contundente no plenário do Senado nesta terça-feira, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) denunciou uma série de operações conduzidas por órgãos ambientais e ONGs na região Norte, que, segundo ele, têm sido marcadas por truculência, ilegalidades e graves violações de direitos humanos contra pequenos agricultores e assentados pelo Incra há mais de duas décadas.
De acordo com o senador, ações coordenadas por Ibama, Funai e ICMBio — com apoio de organizações não governamentais — estariam sendo intensificadas em municípios como Apuí e Lábrea, no Amazonas. As operações teriam como objetivo, segundo Valério, “inventar novas reservas ambientais” de forma apressada para que o governo federal possa apresentar resultados durante a COP 30, conferência climática que acontecerá em Belém, em novembro.
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— Casas queimadas, equipamentos destruídos, currais incendiados, famílias expulsas sem qualquer direito garantido. Isso está acontecendo na Região Norte, e foi tudo mostrado na CPI das ONGs. Nada mudou. Se mudou, foi para pior — afirmou Plínio, visivelmente indignado.
O parlamentar questionou a legalidade das ações, alegando que muitas das áreas alvo das operações são ocupadas por produtores assentados legalmente há décadas. Ele também criticou a postura de órgãos ambientais e do Ministério Público, que, segundo ele, têm atuado de forma parcial ao acolher ações impetradas por ONGs contrárias ao desenvolvimento da região.
— Quem são os invasores? Pessoas que estão nessas terras antes da criação das reservas? Isso é injusto e inaceitável. Esses agricultores estão sendo tratados como criminosos para que se possa exibir números à Noruega, Alemanha, Canadá, Dinamarca e outros países que financiam essas operações — disparou o senador.
Plínio declarou ainda que acionou o Ministério Público do Amazonas e que pretende levar o caso à Procuradoria-Geral da República. Ele prometeu continuar buscando no Judiciário formas de barrar o que classificou como “abuso de poder” e “instrumentalização da pauta ambiental” para atender interesses estrangeiros.
— O verdadeiro objetivo é mostrar serviço para conseguir mais dinheiro de grandes fundos internacionais. Vão chegar na COP 30 e dizer: ‘olha quantas operações fizemos’, ‘quantos invasores expulsamos’. Mas esquecem que estão tirando pais e mães de família que construíram suas vidas com muito esforço — concluiu.
A denúncia reforça tensões crescentes entre representantes do agronegócio, comunidades locais e instituições ambientais às vésperas da COP 30, que promete colocar a Amazônia no centro das atenções mundiais.
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