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Brasil

Justiça

Ex-PM incentiva violação sexual de mulheres mortas e ironiza pena: ‘Vale responder’

O ex-policial militar Evandro Guedes, fundador da escola de concursos públicos AlfaCon, aparece em um vídeo, que viralizou ontem (04) nas redes sociais, minimizando a pena por violar sexualmente corpos de mulheres mortas.


O ex-policial militar Evandro Guedes, fundador da escola preparatória para concursos públicos AlfaCon, apareceu em um vídeo nas redes sociais no qual minimiza a pena prevista para quem viola sexualmente corpo de mulheres mortas.

O registro é de uma aula na qual o instrutor menciona o crime de vilipêndio de cadáver, previsto no artigo 212, do Código Penal, e ironiza a pena para a ação. Apesar das imagens terem circulado nos últimos dias, não há confirmação de quando o vídeo foi gravado.

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Para exemplificar o crime, o ex-PM cita a morte de uma assistente de palco do programa Pânico.

“Meu irmão, com aquele ‘rabão’. E ela infartou de tanto tomar ‘bomba’ na porta do necrotério. Duas da manhã, não tem ninguém, quentinha ainda. O que você vai fazer? Vai deixar esfriar? Meu irmão, eu assumo o fumo de responder pelo crime”, diz o então professor da AlfaCon.

Na “aula”, o professor “ensina” diversas técnicas para o cometimento do crime, como posições de suporte do corpo, ou a utilização de um secador de cabelo para reaquecer o cadáver.

Segundo Guedes, aquele dia seria o “mais feliz da sua vida, irmão”. “É crime? É. Você mexeu com a honra do cadáver”, admite.

No fim da gravação, o ex-PM debocha da possível reação do pai da vítima ao descobrir o crime.

“Mas a pena é desse ‘tamanhozinho’. Vale a pena responder”, afirma.

Após a repercussão negativa, Evandro Guedes negou que tenha incitado a prática do crime, alegando se tratar de uma “ficção jurídica” criada por ele para exemplificar a ocorrência do ilícito.

Em nota, a AlfaCon alega que o “vídeo foi editado de forma a parecer que o professor em questão era praticante do crime”.

Segundo a instituição de cursos preparatórios, a íntegra do material “deixa claro que se trata apenas de um exemplo fictício e caricato para ilustrar uma situação do direito penal.

A empresa afirmou que o vídeo foi tirado do YouTube “para que nenhuma pessoa mais faça mau uso do conteúdo e em respeito a todos”.

Com informações do UOL.