Resumo:
- Israel ficou sob pressão na quarta-feira dos seus aliados por causa da guerra em Gaza, com o principal apoiante dos Estados Unidos a criticar o seu bombardeamento em resposta aos ataques de 7 de Outubro como “indiscriminado”.
- A Assembleia Geral da ONU aprovou por esmagadora maioria uma resolução não vinculativa na terça-feira exigindo um cessar-fogo em Gaza, aumentando a pressão sobre Israel e Washington.
- O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, disse na quarta-feira que a guerra na Faixa de Gaza continuaria “com ou sem apoio internacional”.
- Biden se reunirá com famílias de americanos feitos reféns pelo Hamas na quarta-feira, na Casa Branca .
- O Hamas atacou comunidades do sul de Israel em 7 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo cerca de 240 reféns, segundo o governo israelense. Desde então, 18.608 pessoas foram mortas no subsequente ataque de Israel à Faixa de Gaza e pelo menos 50.594 pessoas ficaram feridas, de acordo com o Ministério da Saúde no enclave controlado pelo Hamas. Pelo menos 7.600 pessoas estão desaparecidas, segundo o gabinete de comunicação social do Hamas. (informações não confirmadas pelos canais de comunicação de forma independente).
Ataque israelense na Cisjordânia mata 7, diz ministério palestino
Ataque das forças israelenses na Cisjordânia se intensificam – Foto: Majdi Mohammed/AP
Um ataque israelense na Cisjordânia ocupada que durou mais de um dia deixou pelo menos sete palestinos mortos, informou o Ministério da Saúde palestino nesta quarta-feira (13) aumentando o número anterior.
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A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino disse que seus médicos trataram vários outros feridos no ataque militar a Jenin, incluindo uma mulher de 27 anos baleada no peito no campo de refugiados da cidade.
Os militares israelenses disseram que as forças “confiscaram aproximadamente 30 armas, munições, equipamento militar e peças de armas”, sem comentar sobre os mortos.
“As forças desmantelaram seis laboratórios de explosivos, poços de túneis subterrâneos, quatro centros de comando de observação e dispositivos explosivos”, disse um comunicado.
Quatro soldados foram feridos por fogo amigo ou durante “explosões controladas”, acrescentaram os militares.
Na terça-feira (12) o Ministério da Saúde palestino disse que seis pessoas foram mortas pelas forças israelenses no ataque.
O chefe do Hamas, Haniyeh, diz que qualquer acordo em Gaza sem o Hamas é uma ‘ilusão’
O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, disse num discurso televisionado na quarta-feira que qualquer acordo feito em Gaza sem o Hamas é uma “ilusão”.
“Estamos abertos a discutir quaisquer ideias ou iniciativas que possam acabar com a agressão (israelense) e abrir a porta para colocar a casa palestina em ordem tanto na Cisjordânia como na Faixa de Gaza”, acrescentou Haniyeh.
Israel quer o Hezbollah longe da fronteira, diz legislador
Um legislador israelense disse nesta quarta-feira, que seu governo estava tentando usar os canais diplomáticos para afastar os combatentes do Hezbollah do Líbano da fronteira, a fim de evitar uma guerra no país, embora um funcionário próximo ao grupo tenha dito que tais ideias eram “irrealistas”.
Enquanto combate o Hamas em Gaza, Israel também tem negociado fogo desde 7 de Outubro na fronteira libanesa com o Hezbollah, que, tal como o grupo palestino, é apoiado pelo Irã.
A violência na fronteira é a pior desde que Israel e o Hezbollah travaram uma guerra de um mês em 2006. Israel disse que Beirute seria transformada “em Gaza” se o Hezbollah iniciasse outra guerra total.
Yuli Edelstein, presidente do Comitê de Relações Exteriores e Defesa do parlamento israelense, disse que Israel estava determinado a pôr fim à presença do Hezbollah na fronteira com Israel.
“Acho que este é um objetivo que estamos tentando alcançar, nesta fase, através dos canais diplomáticos”, disse ele à Reuters, dizendo que a alternativa poderia ser outra guerra.
“Estamos recorrendo a todos os países normais, sejam os Estados Unidos, a França, aos países árabes – qualquer um que possa de alguma forma influenciar a situação e que tenha alguma influência no Líbano.”
Netanyahu diz: “nada nos deterá” até a vitória na guerra em Gaza
O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu disse nesta quarta-feira (13) que “nada impedirá” Israel de continuar a guerra na Faixa de Gaza até obter a vitória contra os militantes do Hamas.
“Continuaremos até o fim. Não há dúvida alguma. Digo isso à luz da grande dor, mas também à luz da pressão internacional. Nada nos impedirá. Vamos até o fim, até a vitória, nada menos que isso”, disse Netanyahu em um comunicado em vídeo divulgado por seu gabinete.
O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu disse nesta quarta-feira: “nada impedirá” Israel de continuar a guerra na Faixa de Gaza. Vamos esmagar o Hamas, apesar dos apelos internacionais por cessar-fogo – Foto: Reuters
Israel determinou: vamos ‘esmagar o Hamas’ apesar dos apelos internacionais por cessar-fogo
À medida que o exército israelense prossegue a sua ofensiva em Gaza, Tel Aviv enfrenta uma pressão crescente dos EUA e de outros aliados. O presidente dos EUA, Joe Biden, alertou na terça-feira Israel que estava perdendo o apoio dos EUA devido ao “bombardeio indiscriminado” na Faixa de Gaza.
Entretanto, a Assembleia Geral da ONU apoiou esmagadoramente uma resolução para um cessar-fogo no território sitiado. “A mensagem está sendo ouvida… mas os israelenses estão determinados, com seu governo, a prosseguir a ofensiva terrestre até que o objetivo de esmagar o Hamas seja alcançado”, disse o editor-chefe de assuntos estrangeiros do FRANCE 24, Robert Parsons.
Exército israelense abre fogo contra enfermarias de hospitais, diz Ministério da Saúde de Gaza
O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, disse nesta quarta-feira (13) que as forças israelenses abriram fogo contra quartos de hospitais, aumentando os temores pela segurança de 12 crianças sob cuidados pediátricos. (As informações não puderam ser confirmadas, até o momento).
“As forças de ocupação (israelenses) reforçaram o cerco e atacaram o hospital Kamal Adwan, disparando contra quartos e pátios de pacientes”, disse o porta-voz do ministério, Ashraf al-Qudra, em comunicado.
“Tememos a morte de 12 crianças em cuidados pediátricos que já estão privadas de leite e sem equipamentos de suporte à vida”.
O exército israelense não fez comentários imediatos, enquanto os canais de comunicação não conseguiram confirmar a situação no hospital de forma independente.
Com informações de France 24 e AP