Em nota oficial, a ditadura venezuelana informou, ainda, que chamou o encarregado de negócios da Embaixada do Brasil na Venezuela, Breno Hermann (a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira está fora do país), “para manifestar a mais firme rejeição às recorrentes declarações de ingerência e grosseiras de porta-vozes autorizados pelo governo brasileiro, em particular do assessor especial para Assuntos Externos, Celso Amorim.
Em um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores de Caracas, o governo de Nicolás Maduro acusou Amorim de ser um “mensageiro do imperialismo americano” e de “emitir julgamentos de valor sobre processos que cabem apenas aos venezuelanos e suas instituições democráticas”.
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O documento também menciona que as relações diplomáticas entre as duas nações se deterioram em virtude das “agressões constantes” proferidas pelo assessor especial de Lula.
Em outra passagem do texto, a Venezuela afirma que chamou o responsável da embaixada brasileira em Caracas, Breno Hermann, para manifestar a “mais firme rejeição às recorrentes declarações de ingerência e grosserias de porta-vozes autorizados” pelo Brasil.
Por fim, o vizinho ainda declarou que, “seguindo as instruções” de Maduro, convocou Vadell de forma imediata para consultas.
“Denunciamos o comportamento irracional dos diplomatas brasileiros, que, contrariando a aprovações dos demais membros do Brics, assumiram uma política de bloqueio, semelhante à política de medidas coercitivas unilaterais e punição coletiva de todo o povo venezuelano”, diz a nota.
Ontem (29), Maduro já havia cobrado Lula a dar explicações sobre o veto à entrada de Caracas no Brics durante a última cúpula do grupo, em Kazan, na Rússia. O mandatário também definiu o Itamaraty como um “poder dentro do poder”, que sempre “conspira contra a Venezuela” por suas ligações com Departamento de Estado dos EUA.
Com informações da Ansa