Tel Aviv, 19 de junho de 2025 — O Ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, anunciou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) foram instruídas a ampliar os ataques contra alvos estratégicos no Irã, em retaliação à nova onda de mísseis balísticos lançada por Teerã contra o território israelense nesta quinta-feira (19). A ofensiva atingiu principalmente áreas urbanas, incluindo Tel Aviv, onde um hospital foi severamente danificado.

Fumaça sobe do Centro Médico Soroka após um ataque com míssil do Irã contra Israel • Amir Cohen/Reuters
Segundo Katz, a decisão foi tomada em conjunto com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. “O covarde ditador iraniano se esconde em seu bunker fortificado enquanto promove ataques deliberados contra hospitais e prédios residenciais em Israel”, declarou o ministro, referindo-se ao Aiatolá Ali Khamenei. “Estes são crimes de guerra dos mais graves, e Khamenei será responsabilizado por suas ações.”
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De acordo com os serviços de emergência israelenses, ao menos 65 pessoas ficaram feridas no ataque. Três vítimas estão em estado grave — entre elas, um homem de 80 anos e duas mulheres com aproximadamente 70 anos. Duas pessoas sofreram ferimentos moderados, e outras 42 foram atingidas por estilhaços ou apresentaram traumas causados pelas explosões. Ainda segundo as autoridades, 18 pessoas se feriram enquanto tentavam alcançar abrigos durante o ataque.
Novos bombardeios israelenses terão como foco não apenas estruturas militares iranianas, mas também instalações governamentais em Teerã, numa tentativa de “eliminar as ameaças” e “desestabilizar o regime dos aiatolás”.
Este novo capítulo da escalada entre Israel e Irã aumenta ainda mais as tensões na região do Oriente Médio, já marcada por múltiplos focos de conflito e instabilidade geopolítica.
O governo israelense afirmou nesta quinta-feira (19) que o Irã ultrapassou todos os limites ao lançar um míssil contra o Centro Médico Soroka, uma das principais unidades de saúde do país, localizada em Beer Sheva, no sul de Israel. A instalação atende mais de 1 milhão de pessoas e sofreu sérios danos.
O ministro da Saúde de Israel, Uriel Busso, condenou o ataque e afirmou, em postagem na rede social X, que Teerã está “agindo como uma organização terrorista bárbara”.
“A linha vermelha foi cruzada. O regime ditatorial de Teerã cruzou a linha e está agindo como uma organização terrorista bárbara”, escreveu Busso. “Atacar um hospital é um crime de guerra desprezível.”
De acordo com autoridades israelenses, o ataque danificou seriamente o hospital, que fica a cerca de 35 km da Faixa de Gaza e tem papel crucial no atendimento de feridos durante a guerra.
A Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) reconheceu o ataque, mas alegou que o alvo seria um centro de comando e inteligência próximo ao hospital. Imagens divulgadas em canais do Telegram mostram destruição ao redor do Soroka, com estruturas colapsadas e destroços espalhados.
Linha do tempo do confronto:
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19 de junho, 6h45 (horário local) – Explosões são ouvidas em Beer Sheva; sirenes de alerta soam em diversas regiões do sul de Israel.
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7h10 – Míssil atinge o Centro Médico Soroka; equipes de emergência são acionadas.
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7h30 – Primeiros vídeos da destruição ao redor do hospital começam a circular nas redes sociais.
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8h00 – Guarda Revolucionária do Irã assume autoria do ataque, alegando que o alvo era militar.
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8h36 – Ministro da Saúde de Israel, Uriel Busso, publica declaração no X acusando o Irã de cometer crime de guerra.
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8h50 – Ministério da Defesa de Israel ordena intensificação dos ataques contra alvos iranianos.
Situação em andamento. Equipes de resgate seguem atuando na área e o governo israelense promete retaliação proporcional.