Chefe da Otan disse que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não desistiu de tomar toda Ucrânia e que o conflito terá consequências a longo prazo para segurança dos países.
O secretário-geral da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, afirmou nesta quarta-feira (6) que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia “pode durar anos”. Segundo ele, a aliança militar do Ocidente não viu “nenhuma indicação” de que o presidente russo, Vladimir Putin, não quer mais controlar todo o país vizinho.
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“Não vimos nenhuma indicação de que o presidente Putin mudou sua ambição de controlar toda a Ucrânia e também de reescrever a ordem internacional, então precisamos estar preparados para o longo prazo”, disse Jens.
“Temos que ser realistas. A guerra pode durar muito tempo, vários meses, até anos. É a razão pela qual também temos que estar preparados para um longo percurso, tanto no que diz respeito ao apoio à Ucrânia, como na manutenção das sanções e no fortalecimento das nossas defesas”, declarou Stoltenberg, antes do início de uma reunião de ministros das Relações Exteriores da Aliança Atlântica.
Stoltenberg também alertou que a guerra entre os dois países localizados no leste europeu terá implicações de segurança de longo prazo para a Europa, independentemente de quando terminar.
“A Ucrânia precisa urgentemente de apoio militar, e é por isso que é tão importante que os aliados da Otan concordem em continuar apoiando a Ucrânia com vários tipos de equipamentos militares, tanto equipamentos mais pesados como sistemas de armas leves”, defendeu Stoltenberg, acreditando que a ajuda prestada até agora teve “um efeito real”.
“Independentemente de quando a guerra acabar, (o conflito) terá implicações de longo prazo para nossa segurança. Porque vimos a brutalidade, vimos a disposição do presidente Putin de usar a força militar para atingir seus objetivos. E isso mudou a realidade da segurança na Europa por muitos, muitos anos”, acrescentou.
“Pedimos aos comandantes militares que forneçam opções aos líderes políticos para que possam tomar decisões para restabelecer a capacidade de defesa e de dissuasão da Aliança”, convocou.
Uma reunião está prevista para acontecer na sede da Otan, à margem de um encontro da Aliança Transatlântica que contará com a presença do chanceler japonês, Yoshimasa Hayashi. O fortalecimento das sanções impostas à Rússia é o principal tema da pauta.
Essas opções serão discutidas na cúpula da Otan nos dias 29 e 30 de junho, em Madri, na Espanha.
Fonte: Portal CINCO