Donald Trump declarou-se vencedor das eleições presidenciais norte-americanas na manhã de quarta-feira, logo após os resultados parciais terem indicado que tinha vencido em três estados-chave.
Continua depois da Publicidade
“Este foi o maior movimento político de todos os tempos”, disse Trump no seu discurso de vitória na sede de campanha na Florida, com os resultados eleitorais oficiais ainda não confirmados.
“Esta é uma vitória magnífica para o povo americano, que nos vai permitir tornar a América grande de novo”, acrescentou, utilizando o slogan da sua campanha.
Trump apelidou o seu segundo mandato de “era de ouro” para a América e o seu povo, tudo isto sob os gritos de “USA, USA” da multidão.
Afirmou que o seu partido iria ajudar o país a “sarar” e prometeu corrigir as fronteiras da América, dizendo que ele e o Partido Republicano tinham “feito história” por uma razão.
“A América deu-nos um mandato poderoso e sem precedentes”, declarou, referindo que os republicanos tinham “retomado o controlo” do Senado.
Os republicanos reconquistaram o Senado dos EUA pela primeira vez em quatro anos, o que lhes confere um centro de poder crucial em Washington e um papel de liderança na confirmação do próximo governo, bem como na composição do Supremo Tribunal, caso haja uma vaga.
Acrescentou ainda que Deus “salvou a sua vida por uma razão”, referindo-se a um atentado contra a sua vida durante um comício na Pensilvânia, em julho.
As projeções indicam que Trump vai ganhar na Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte, três estados-chave. Os peritos afirmaram anteriormente que o vencedor da Pensilvânia tinha 90% de hipóteses de ganhar as eleições.
A Fox News projetou uma vitória para Trump, com aplausos de júbilo na sede de Trump na Florida. Outras redes noticiosas, incluindo a NBC News, seguiram-no pouco depois.
Como a vitória de Trump afeta o Brasil?
Proteção à democracia, defesa do meio ambiente, relação com a China e posicionamento sobre as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio são alguns dos temas que podem impactar a relação Brasil-Estados Unidos com a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos.
Tanguy Baghdadi, professor de relações internacionais e fundador do podcast Petit Journal, e com Hussein Kalout, cientista político e ex-secretário de Ações Estratégicas do governo de Michel Temer, analisou as perspectivas para as relações diplomáticas entre os dois países, que, neste ano, completaram 200 anos.
O ex-secretário de Ações Estratégicas do governo Temer também acredita que o Brasil pode ser “empurrado a buscar um alinhamento quase que automático com a China, o que seria um fato inédito na política externa brasileira”.
O ex-presidente e aliado do americano, Jair Bolsonaro, ja havia afirmado que Trump voltaria à Presidência dos EUA para “restaurar a grandeza de sua nação, proteger os interesses de seu povo e trabalhar por um mundo mais livre e com mais paz e tranquilidade.”
O resultado da eleição foi confirmado após a projeção da vitória de Trump no Estado de Wisconsin. Com isso, o republicano acumulou 276 votos do Colégio Eleitoral, mais do que os 270 necessários para vencer a eleição.
Antes mesmo da confirmação, mas quando o cenário já apontava uma ampla vantagem republicana, Trump declarou vitória em um discurso ao lado de seu vice, JD Vance, da sua família e de outros membros da sua campanha.