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Cultura

Brasil

Filha de Lampião processa Pavinatto por termos usados em livro recém lançado

Expedita Ferreira Nunes, a única filha do cangaceiro Lampião com Maria Bonita, está processando o professor, jurista e escritor Tiago Pavinatto por termos utilizados no livro "Da Silva: a grande fake news da esquerda".


O best-seller, que figura na lista de mais vendidos do país desde seu lançamento, em agosto, busca desconstruir a aura de heroísmo que muitas vezes é atribuída ao legado de Virgulino Ferreira da Silva.

A filha de Lampião pede uma indenização de R$ 245 mil por conta do uso de expressões como “psicopata”, “ladrão”, “torturador”, “golpista”, “sequestrador” e “terrorista mercenário” para definir a índole do pai.

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Jurista e professor  de Direito, Tiago Pavinatto – Foto: reprodução

“Era só o que me faltava: a filha de Lampião quer tirar o meu livro de circulação. Se você ainda não leu, corra, porque eu não duvido de mais nada neste país”, declarou Pavinatto, indignado com a ação movida por Expedita, diz Pavinatto.

Na contramão do pessimismo constante sobre os hábitos de leitura dos brasileiros, o jurista, professor e jornalista Tiago Pavinatto bateu a marca de 50 mil exemplares vendidos do livro Da Silva: a Grande Fake News da Esquerda, publicado pela editora Almedina Brasil.

O feito foi comemorado com a entrega de uma placa simbólica durante exibição ao vivo de Os Tremas nos Us, programa diário de audiência estrondosa que Pavinatto apresenta no YouTube.

Os representantes da editora Rodrigo Mentz, diretor-geral, Marco Pace, editor, e Carlos Ricardo Degon, representante comercial, foram os responsáveis pela homenagem.

O livro “Da Silva” mergulha na história de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e traça o perfil da figura história definida pelo autor como “terrorista mercenário que extorquia os ricos e destroçava a vida dos pobres”.

Por meio de análises minuciosas e documentadas, Pavinatto, que não é alheio à polêmica, expõe as ações do cangaceiro e sua quadrilha, demonstrando a amplitude das atrocidades cometidas.

Foto: reprodução

“Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, nunca foi herói ou vingador. Terrorista mercenário que extorquia os ricos e destroçava a vida dos pobres com sadismo bestial, foi um criminoso serial que promoveu uma simbiose entre o cangaço e o coronelismo e, na prática, tornou se um coronel itinerante de coronéis sedentarizados. Agente da miséria a soldo dos donos do poder que sempre lucraram com essa miséria, Lampião compartilhou com eles esse lucro: O proletariado miserável, pobre e mediano era vítima desse cangaceiro parasitário e sádico. A falsa estética do seu heroísmo, a grande mentira do mito de Lampião foi engendrada pelo comunismo brasileiro em meados da década de 1920. Fake news perversa, o retrato de Lampião como herói ou injustiçado ou qualquer coisa que o valha é, em última análise, um fenômeno produzido pela estupidez humana canalizada para o coletivo da esquerda brasileira.”

Com informações da Tribuna do Sertão