AnúncioAnúncio

Brasil

Amazonas

Morre Raimundinho Dutra, lenda do Boi Caprichoso, aos 94 anos

Compositor de toadas históricas como Aquarela do Touro Negro e Meu Cântico de Guerra, Dutra deixa um legado imortal na cultura popular de Parintins.


O Boi Caprichoso perdeu neste domingo (4) um dos seus maiores ícones: Raimundinho Dutra, autor de algumas das mais emblemáticas toadas da história do bumbá, morreu aos 94 anos, em Manaus.

Entre suas composições mais conhecidas estão clássicos como Aquarela do Touro Negro, Meu Cântico de Guerra, Mocidade e Solo Amado.

Continua depois da Publicidade

Divulgação

Transição e legado

Com uma trajetória longeva no Boi Caprichoso, Raimundinho Dutra marcou gerações e tornou difícil a transição para novos compositores. Ainda assim, foi fonte de inspiração para nomes como José Carlos Portilho (Periquito) e Carlos Magno (Pato), representantes da nova geração que mantém viva a tradição azulada.

Em nota oficial, o Boi Caprichoso lamentou a morte do artista e ressaltou sua importância para a cultura popular:
“Foi ao som de suas composições que o Boi Caprichoso ganhou vida nas ruas de Parintins, nos primórdios desta manifestação popular que hoje encanta o mundo. Sua contribuição para a preservação e valorização da nossa cultura é imensurável, e seu legado permanecerá vivo na memória de todos os azulados.”

O Caprichoso decretou luto oficial de três dias em homenagem a Dutra.

Velório

Raimundinho Dutra faleceu em casa. O velório será realizado na residência onde ele viveu desde janeiro de 1985, localizada na Avenida Rogério Magalhães, nº 77, Núcleo 14, Cidade Nova 2, em Manaus.