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Farsa

Laudo pericial revela que foto de indígenas isolados em Silves foi manipulada

Imagem que gerou polêmica sobre presença de povos isolados no Amazonas passa por perícia, que aponta adulteração.


Uma fotografia que supostamente comprovava a presença de indígenas isolados nos municípios de Silves e Itapiranga, no Amazonas, foi alvo de uma perícia técnica que revelou indícios de manipulação. O laudo, assinado pelo perito Allan Almeida Reis, especialista em ciências forenses, aponta que a imagem não é autêntica, sugerindo que tenha sido modificada de forma fraudulenta.

A foto está no centro de um debate que envolve a empresa Eneva, responsável pela exploração de gás natural em Silves, e levanta questões jurídicas e políticas. A imagem foi inicialmente apresentada como evidência da presença de povos indígenas na área afetada pelas atividades da empresa, mas agora está sendo questionada por sua veracidade.

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A análise pericial, solicitada pelo site BNC Amazonas, identificou sinais claros de adulteração, como montagens, adições e supressões de elementos na imagem. O laudo conclui que, embora outras avaliações possam ser pertinentes, a foto analisada não é autêntica e não pode ser considerada como prova confiável.

O perito Allan Reis é um nome de destaque na área de perícias forenses, atuando como perito judicial no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e presidente da Comissão Especial de Perícias Forenses da OAB. Sua análise foi crucial para desmentir a veracidade da foto que gerou controvérsia.

A foto foi inicialmente fornecida por integrantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que alegaram ter avistado os indígenas durante uma expedição na região. A imagem foi rapidamente divulgada, mas agora, com o laudo pericial, sua autenticidade está sendo contestada.

Em resposta à situação, a Fundação Nacional do Índio (Funai) emitiu um documento ao Ministério Público Federal (MPF), apontando uma “alta probabilidade” da presença de indígenas isolados na área, embora o órgão admita que não há confirmação definitiva. A Funai recomendou novas expedições para investigar a questão de forma mais precisa.