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Greve

Greve da Receita se torna probabilidade concreta para a primeira quinzena de junho

Mobilização dos Auditores-Fiscais e possibilidade de greve. A movimentação de fiscalização deverá ser intensificados em portos e aeroportos, causando longas filas e espera.


A Operação Risco Zero e a possibilidade de greve dos Auditores-Fiscais foram tema da matéria principal desta quarta-feira (31) do Jota, influente site especializado em política. A reportagem já associa o atraso na divulgação da arrecadação à desmotivação da categoria, que espera desde 2017 o cumprimento da Lei 13.464 e a regulamentação do bônus.

O texto detalha que a ideia é que, nesta quinta-feira (1), os Auditores-Fiscais intensifiquem a fiscalização nos portos e aeroportos, o que pode gerar filas e longas esperas. Sem falar que, caso a situação não seja resolvida, a categoria deve deflagrar greve ainda na primeira quinzena de junho.

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Em meio ao esforço arrecadatório para garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal a longo prazo, a possibilidade de uma greve dos auditores da Receita Federal surge mais claramente no horizonte. Há um clima crescente de insatisfação na categoria pela falta de regulamentação do bônus de produtividade, que há mais de dois meses chegou a ser anunciado para o dia seguinte pelo secretário da Receita, Robinson Barreirinhas, em áudio enviado aos servidores e que no fim das contas não ocorreu.

Fontes ligadas aos servidores informaram ao que, dada a falta de sinalização clara do governo sobre o equacionamento desse problema, já há discussões para uma possível paralisação ainda na primeira quinzena de junho. Para esta quinta-feira (01-06), está definido e anunciado oficialmente que os auditores que trabalham em portos farão um movimento no qual deixarão de atuar conforme a amostragem normal, apertando a fiscalização e, consequentemente, provocando filas e atrasos na liberação.

O clima de insatisfação já se reflete em uma produtividade menor dos servidores, o que afetou, por exemplo, a divulgação dos dados da arrecadação, que era para ter ocorrido nesta semana e não foi. A Receita não quis comentar.

A ver como o governo vai lidar com o aumento da pressão nas próximas semanas, mas os servidores do Fisco têm ao seu lado a forte dependência do plano econômico do governo de arrecadar mais e em várias frentes. A tensão promete aumentar e Haddad precisa estar atento.