- Foto: Reprodução Pixabay
O ano de 2024 deve ser confirmado como o mais quente já registrado na Terra, segundo o Centro Europeu Copernicus. O dado foi divulgado nesta segunda-feira (9) após o mês de novembro alcançar recorde histórico de temperatura global. Durante 16 dos últimos 17 meses, a média da temperatura do ar na superfície superou 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, considerado o limite crítico para evitar maiores impactos climáticos.
Embora dezembro ainda esteja em curso, especialistas avaliam que é improvável uma reversão no cenário. Desde o início das medições em 1850, nenhum outro ano apresentou aquecimento tão intenso quanto 2024, superando o recorde anterior de 2023. O fenômeno já trouxe graves consequências, especialmente no Brasil, que enfrenta a pior seca de sua história recente.
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A estiagem, agravada pelo atraso da estação chuvosa, afeta milhões de pessoas, principalmente na região Norte. Com rios secando e vegetação ressecada, queimadas ilegais se alastram rapidamente, como ocorre em Santarém (PA). Em novembro, cerca de 400 cidades enfrentavam seca extrema e severa, número que pode chegar a 1,6 mil este mês, segundo o Cemaden.
Além da seca, o calor recorde intensifica eventos climáticos extremos, como as chuvas torrenciais registradas no Rio Grande do Sul. O aumento do vapor d’água na atmosfera, consequência das altas temperaturas, eleva o volume e a intensidade das precipitações, ampliando os riscos de enchentes e deslizamentos.
Os dados reforçam a urgência de medidas globais para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Segundo especialistas, manter o aquecimento abaixo do limite de 1,5°C de forma sustentada é essencial para evitar um futuro marcado por catástrofes climáticas ainda mais graves.