O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira, (17), que o governo federal não estava preparado para a quantidade de incêndios que acontecem ao redor de todo o Brasil.
“O dado concreto é que a gente não estava 100% preparado para cuidar desse tipo de coisa”, disse Lula em reunião com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
Continua depois da Publicidade
As cidades não estão cuidadas. 90% estão despreparadas. Os estados… são poucos que têm preparação – Luiz Inácio Lula da Silva
Lula também afirmou que há fortes indícios de que partes desses incêndios sejam criminosos.
No último último domingo (15), a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar as causas de um incêndio no Parque Nacional de Brasília.
“Há suspeita”
Sem citar nomes e sem provas, o presidente cogitou a possibilidade de os incêndios serem “políticos”.

O presidente Lula (PT) afirmou (sem provas) que há fortes indícios de que partes desses incêndios sejam criminosos – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom.
“Fomos fazer uma visita em três cidades na Amazônia e, na volta, no que parece uma provocação, encontramos vários focos de fogo. Talvez isso seja por causa da COP-30 no Brasil, pela performance do Brasil na discussão ambiental ou por motivos políticos. A gente não sabe, não pode acusar, mas há suspeita”, disse o presidente.
O petista ainda disse que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, irá apresentar uma série de propostas, que devem ser entregues pelo governo federal, como projetos de lei, decretos e medidas provisórias.
Crise climática
A catástrofe climática também provoca uma severa seca na região Norte do Brasil, deixando rios inavegáveis e ameaçando o abastecimento de algumas cidades.
No último fim de semana, um incêndio destruiu parte do Parque Nacional de Brasília. A capital federal amanheceu nesta segunda-feira (16) coberta pela fumaça das queimadas.
A crise climática e o alastramento dos incêndios por diversas regiões do país vêm dando munição para a oposição, em particular a ala ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O argumento é de que o antecessor foi duramente criticado em 2020 por causa dos incêndios que destruíram parte do pantanal, mas agora o prejuízo ambiental se mostra ainda maior.