AnúncioAnúncio

Política

Brasília

Luiza Erundina passa mal em comissão da Câmara e é levada as pressas a hospital

A deputada federal Luiza Erundina (PSol-SP), de 89 anos, passou mal durante sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (5/6). A parlamentar foi encaminhada ao hospital Sírio Libanês, em Brasília (DF).


Erundina, que tem 89 anos, discursava sobre uma matéria da qual é relatora no colegiado, quando sentiu falta de ar e foi atendida pela equipe médica da Casa.

De acordo com a assessoria da parlamentar, o quadro dela é “estável”.

Continua depois da Publicidade

O que aconteceu?

Erundina passou mal logo após um discurso de pouco mais de 6 minutos na Comissão. Ela defendia o projeto de lei da colega Maria do Rosário (PT-RS) que institui a responsabilidade do Estado brasileiro de identificar publicamente lugares de repressão política utilizados por agentes da ditadura militar (1964-1985).

A deputada foi levada ao posto médico da Câmara e, em seguida, encaminhada ao Hospital Sírio Libanês de Brasília. Segundo a assessoria de Erundina, o quadro dela é estável, mas como inspira cuidados, ela está na UTI. O hospital ainda não divulgou boletim médico.

A sessão da Comissão foi paralisada por 10 minutos devido ao estado de saúde de Erundina. No entanto, uma briga entre um cidadão e o deputado delegado Éder Mauro (PL-PA), logo em seguida, acabou encerrando a sessão.

Cerca de duas horas depois, quando os deputados já estavam no plenário, a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) informou que Erundina estava na UTI e pediu que a sessão fosse encerrada. A parlamentar alegou que ela e outras deputadas iam para o hospital acompanhar o estado de saúde da colega. O deputado Lúcio Mosquini (MDB-RO), que presidia a sessão, acatou o pedido.

Médica, Jandira Feghali (PCdoB-RJ) pretendia entrar na UTI para ver a colega. Laura Carneiro afirmou que que a saturação da paciente estava baixa.

Parlamentares de oposição concordaram que era adequado interromper a sessão. Erundina é expoente da esquerda, mas deputados conservadores explicaram que o peso e trajetória política justificavam a suspensão.

A urgência de dois projetos de grande repercussão seria votada na sessão desta noite. Um deles equipara a pena por realização de aborto à de homicídio. Outro propõe anular delações premiadas feitas por réus presos, projeto que poderia favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ).