O partido Novo apresentou uma notícia-crime contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Procuradoria Geral da República (PGR) com a acusação de terrorismo após o anúncio de novos aportes financeiros para a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA), órgão acusado pelo governo de Israel de colaborar com o grupo terrorista Hamas.
“Ao agir dessa forma, o excelentíssimo presidente da República, salvo melhor juízo, incorreu na prática de crime de terrorismo por oferecer, solicitar e investir para a obtenção de recurso financeiro com a finalidade de financiar a UNRWA que teve como atividade secundária, mesmo em caráter eventual, participação na prática dos crimes de terrorismo praticados pelo grupo terrorista Hamas”, destaca Carolina Sponza, advogada do partido Novo.
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Já o presidente do partido Novo, Eduardo Ribeiro, acrescenta que Lula cruzou uma linha muito perigosa ao aumentar as doações para a agência depois de tudo o que foi revelado sobre suas ligações com o Hamas.
“Ao decidir financiá-los indiretamente com dinheiro público do povo brasileiro, deixa de ser apenas reprovável e passa a ser crime”, aponta Ribeiro, para a coluna do Estadão.
A inteligência israelense acusou 12 funcionários da UNRWA de participar dos ataques promovidos pelo Hamas, em 7 de outubro do ano passado. A Organização das Nações Unidas (ONU) demitiu um funcionário e abriu uma investigação sobre o caso.
Lula na contramão?
O secretário-geral da ONU, António Guterres, falou na época sobre a infiltração do Hamas e prometeu agir imediatamente em caso de novas denúncias, porém pediu a retomada de doações.
“O Brasil exorta a comunidade internacional a manter e reforçar suas contribuições para o bom funcionamento das suas atividades. Meu governo fará aporte adicional de recursos para a agência”, afirmou Lula, em discurso divulgado na sexta-feira (9/2), pelo Palácio do Planalto.