“A metade mais pobre do mundo contribui com menos de 3% dos dados globais sobre a qualidade da água”, lamenta a ONU no relatório, que menciona, em particular, “4.500 medições da qualidade das águas dos lagos” realizadas por esses países, de um total de 250.000 medições no mundo.
Como consequência dessa falta de indicadores e dos “baixos níveis de monitoramento”, “até 2030, mais da metade da humanidade viverá em países que não dispõem de dados suficientes para embasar as decisões de gestão relacionadas ao combate à seca, inundações, impactos dos efluentes de águas usadas e escoamento agrícola”, segundo a ONU.
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A análise da evolução dos ecossistemas de água doce ilustra essa necessidade de dados.
No período de 2015-2019, em 61% dos países, pelo menos um tipo de ecossistema de água doce estava em estado de degradação, incluindo rios, lagos e aquíferos.
Comparativamente, o percentual cai para 31% no período de 2017-2021, segundo o relatório, uma “tendência positiva”, destacam os autores, que lembram a implementação em 2015 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável pela ONU.
Desenvolver programas de monitoramento
No entanto, ao se levar em conta “a introdução dos dados disponíveis recentemente sobre a qualidade da água nos últimos períodos de observação”, a proporção de países com ecossistemas degradados está em 50%, aponta a ONU.
Em metade dos países, portanto, observa-se uma diminuição do fluxo dos rios e das águas superficiais, um aumento da poluição e uma gestão da água de menor qualidade, principalmente em países da África, Ásia Central e Sudeste Asiático.
Para melhorar o conhecimento sobre o estado dos ecossistemas, os autores do relatório recomendam o desenvolvimento de programas de monitoramento financiados pelos governos a longo prazo, o envolvimento da população na coleta de dados, para apoiar esses programas, bem como o uso de indicadores de observação por satélite e modelagens “para ajudar a suprir a falta de dados”.
Degradação da água no Brasil
Mais de 30% dos corpos d’água brasileiros estão poluídos: Segundo o Relatório Nacional sobre a Qualidade da Água (2022) da Agência Nacional de Águas (ANA), essa porcentagem alarmante indica que 1 em cada 3 rios, lagos e reservatórios do país apresenta níveis de qualidade inadequados para diversos usos, como consumo humano, irrigação, pesca e recreação.
Existem várias razões para que isso aconteça. Quer saber quais são? Então continue a leitura deste artigo, que nele eu vou te explicar melhor o que é essa degradação, por que acontece, e quais soluções podemos encontrar para esse problema. Além disso, você verá como fazer a sua parte para ajudar no combate a essa questão.
A degradação da água acontece quando a qualidade da água diminui devido a poluição, contaminação ou uso excessivo, afetando toda a sustentabilidade do nosso planeta. Isso é péssimo para o meio ambiente, para os animais e, claro, para seres humanos, porque, afinal, a água é um elemento básico e essencial para os ecossistemas e para a vida humana.
O crescimento populacional é uma das principais causas da destruição dos recursos hídricos. À medida que a população cresce, há uma maior demanda por água para beber, cozinhar, agricultura e indústria. Isso pode levar à escassez de água, poluição e outros problemas ambientais.
Desenvolvimento econômico
O desenvolvimento econômico também pode contribuir para a destruição dos recursos hídricos. As indústrias usam grandes quantidades de água para produzir bens e serviços. Isso pode levar à poluição da água e ao esgotamento dos recursos hídricos.
Com agências