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Política

São Paulo

Manifestação pró-Bolsonaro na Avenida Paulista é alvo de retaliação por parte de skatistas 6 horas antes do evento

Ato de apoio ao ex-presidente Bolsonaro sofre ataques, com sacos de lixo sendo despejados na via por apoiadores da esquerda na madrugada, gerando indignação nas redes sociais.


Fotos: Carlos Augusto de Melo Filho

Na madrugada de hoje, a Avenida Paulista, em São Paulo, foi palco de um ato de vandalismo que visou prejudicar a manifestação programada para o início da tarde em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um movimento coordenado, um grupo de skatistas e manifestantes alinhados com a esquerda despejou sacos de lixo ao longo de grande parte da via, causando um transtorno significativo para os organizadores do evento.

O episódio gerou um clima de tensão antes do início da manifestação, que tinha como objetivo reunir apoiadores do ex-presidente para protestar contra o atual governo. Apesar da tentativa de sabotagem, os organizadores conseguiram remover a sujeira e seguir com a programação.

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A ação foi amplamente discutida nas redes sociais, com internautas divididos entre apoiar e criticar os atos de violência simbólica. Enquanto alguns veem o episódio como uma forma de resistência contra o que consideram uma “ameaça à democracia”, outros consideram a retaliação uma atitude de intolerância que prejudica o debate público.

Fotos: Carlos Augusto de Melo Filho

No entanto, enquanto figuras da direita, como Jair Bolsonaro, organizam atos públicos com foco na contestação política e judicial, o país também tem presenciado episódios de violência associados a manifestações de grupos de esquerda. O vandalismo cometido por esses grupos, muitas vezes em protestos contra o governo atual ou em resposta a decisões do STF, é uma realidade que não pode ser ignorada.

Distúrbios como os registrados no dia 8 de janeiro de 2023, que resultaram em ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, mostram um padrão de radicalização entre facções mais extremistas à esquerda. Mesmo com as condenações pesadas aos envolvidos nos atos de vandalismo, o movimento de esquerda parece, em alguns casos, ainda incitar o desrespeito às instituições democráticas, usando a violência como forma de protesto.

O contraste entre esses episódios de destruição e os atos organizados pela direita revela não apenas divisões ideológicas, mas também uma crescente intolerância política, onde a esfera pública é muitas vezes marcada por ações que desrespeitam o Estado de Direito, seja por um lado ou outro.

Protesto terá foco no processo contra Bolsonaro e ao apelo “Justiça Já”.

Baixa popularidade do Presidente Lula pode impulsionar o ato pró-Bolsonaro neste domingo – Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro lidera neste domingo (29) na Avenida Paulista, em São Paulo, mais um ato com apoiadores que tem principalmente os objetivos de reafirmar a sua liderança política na direita e questionar o Supremo Tribunal Federal. O encontro, a partir das 14h, deverá ter a presença de dezenas de parlamentares aliados e de ao menos quatro governadores. Na última concentração desse tipo na via, em abril deste ano, o ex-presidente conseguiu reunir 45 mil simpatizantes.

Uma nova manifestação ocorrerá na Avenida Paulista, desta vez com foco no processo judicial em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu, relacionado à tentativa de golpe no final de 2022. O ato, que acontece com o lema “Justiça Já”, ocorre na mesma semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu prazo para que Bolsonaro apresente suas alegações finais no referido processo. Diferentemente do protesto realizado em abril deste ano, que defendia a anistia aos envolvidos nos distúrbios de 8 de janeiro, o objetivo agora é destacar a responsabilidade do ex-presidente pelos acontecimentos do final de 2022.

Bolsonaro, que enfrenta uma situação judicial complicada, com possibilidade de prisão, também deverá ser lembrado durante o ato por seu impedimento de concorrer nas eleições presidenciais até 2030. Além disso, os discursos no palanque na Paulista devem tocar nas condenações severas de seus apoiadores, que participaram dos atos violentos na Praça dos Três Poderes em 2023.

Bolsonaro Participa de Ato na Paulista com Saúde Fragilizada

Neste domingo, Jair Bolsonaro participará de um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, apesar de estar enfrentando um quadro de pneumonia, o que tem gerado preocupação dentro de seu partido, o PL, e entre seus aliados. A sua saúde delicada coloca em risco não apenas sua recuperação, mas também sua participação ativa na campanha.

Diagnosticado com pneumonia, Bolsonaro lidera ato na Paulista – Foto: Felipe Pereira/UOL

O Que Está Acontecendo

Líderes do PL já discutem a possibilidade de adotar uma agenda mais leve para o ex-presidente. Há um consenso crescente dentro do partido de que a facada sofrida em 2018, somada a sete cirurgias subsequentes, criou um cenário que exige cuidados mais rigorosos com Bolsonaro. Isso inclui limitar a intensidade de suas agendas.

Ainda assim, é inegável que Bolsonaro continua sendo a principal figura da direita no Brasil. Grande parte da estratégia do PL para conquistar uma bancada significativa de deputados e senadores, que pode chegar a 40 membros com o apoio de siglas aliadas, depende de sua presença e engajamento.

Desafios de Saúde

A saúde de Bolsonaro se tornou uma questão delicada. Recentemente, ele foi diagnosticado com pneumonia após exames realizados na semana passada. Médicos sugeriram que ele reduzisse seus compromissos, mas a recomendação foi ignorada. Embora adaptadas para preservar sua saúde, as agendas continuam a ser realizadas.

Na quinta-feira, Bolsonaro esteve em Belo Horizonte para compromissos políticos, e o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), acompanhou a visita. Segundo Cavalcante, foi possível perceber o esforço do ex-presidente para cumprir os compromissos, apesar do mal-estar. Mesmo com a redução de aglomerações para não sobrecarregar Bolsonaro, os soluços persistiram, problema que também foi observado durante uma viagem a Goiás no feriadão de Corpus Christi, quando a intensidade dos soluços provocou vômitos.

Desafios para o PL

Equilibrar a agenda de Bolsonaro tem se mostrado um desafio crescente para o PL. Nos últimos três meses, ele precisou ser hospitalizado duas vezes devido a complicações de saúde, forçando-o a interromper viagens e compromissos. No entanto, lideranças do partido reconhecem a importância de sua presença, especialmente em um momento crucial para as eleições.

Sóstenes Cavalcante destacou que Bolsonaro já compreendeu a necessidade de se preservar para continuar desempenhando um papel central na campanha. A equipe médica do ex-presidente tem orientado mudanças nos hábitos alimentares, recomendando uma mastigação mais cuidadosa e uma alimentação mais lenta para evitar novos episódios de saúde.

“Ter Bolsonaro fora de combate seria um golpe para o PL. Estamos confiantes de que, com o apoio de sua assessoria e da Michelle, ele conseguirá ajustar sua rotina e melhorar a qualidade das suas agendas”, afirmou Sóstenes.

Neste domingo, apesar dos desafios, Bolsonaro estará na liderança do ato na Avenida Paulista, reunindo a militância em uma manifestação contra o julgamento no STF, que poderá resultar em sua prisão.