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Justiça

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Simão Peixoto é afastado do cargo e investigado por suspeita do desvio de R$ 29,2 milhões

Afastado do cargo de prefeito de Borba nesta terça-feira (23), Simão Peixoto é investigado por suspeita de desvio de R$ 29,2 milhões da prefeitura em licitações. Os procedimentos, segundo o Ministério Público, eram simulados e parte do dinheiro pago às empresas envolvidas no esquema era dividida entre funcionários e parentes do prefeito.


O Ministério Público do Amazonas (MPAM) deflagrou uma operação em Borba, no interior do Amazonas, na manhã desta terça-feira (23). Os agentes cumpriram 11 mandados de prisão preventiva contra o prefeito do município, Simão Peixoto, da primeira-dama, Aldine Mirella, empresários e agentes públicos suspeitos de crimes contra a administração pública.

Foto: reprodução

Coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a operação cumpriu, ainda, 28 mandados de busca domiciliar, 28 mandados de busca pessoal e 28 mandados de busca veicular, totalizando 95 medidas cautelares.

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Com isso, o prefeito de Borba, Simão Peixoto (Republicanos), vai voltar à prisão. Ele é um dos 11 alvos de operação do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), que por meio do Gaeco cumpre ordem judicial de prisão preventiva do grupo.

O Ministério Público fez a operação após decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

A investigação apresenta indícios da criação de uma organização criminosa, chefiada pelo prefeito de Borba. O MP afirma que Simão Peixoto cometia fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva, na Prefeitura do Município.

O documento afirma ainda que o grupo criminoso – que também envolve parentes próximos do chefe do Executivo Municipal, agentes públicos e pessoas jurídicas – cometeu uma série de fraudes nos procedimentos licitatórios de Borba, desviando R$ 29,2 milhões.

Em nota, o MPAM informou que busca o ressarcimento aos cofres públicos e o afastamento dos funcionários investigados de suas funções.

Prisão em março

Em março deste ano, o prefeito Simão Peixoto foi preso preventivamente, pelo Gaeco, em Manaus, pelos crimes de ameaça, desacato difamação e restrição aos direitos políticos em razão do sexo, cometidos contra a vereadora Tatiana Franco dos Santos.

Seis dias após a prisão, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liberdade provisória ao prefeito.

O Ministério Público não confirmou se a operação desta terça-feira tem relação com o mesmo motivo da prisão do prefeito de Borba em março.

Os nomes das empresas e fornecedores e dos órgãos da prefeitura que estão sofrendo busca e apreensão.

Empresas fornecedoras

  • Angelina Barbosa Corrêa
  • Diego Araújo Matos
  • Sabrina Neves Flores
  • Paulo Alberto Martins de Matos
  • Paulo Peixoto Lima
  • Du Primo Comércio Gêneros Alimentícios
  • DM Tech Comércio Produtos Hospitalares
  • Norte Med Comércio de Produtos Hospitalares
  • Paulo Alberto Martins de Matos – Comercial Martins
  • DMK Serviços de Contabilidade – Sociedade Simples Pura

Prefeitura e secretarias

  • Prefeitura Municipal de Borba
  • Secretaria de Finanças de Borba
  • Secretaria de Administração e Planejamento de Borba
  • Comissão Permanente de Licitação de Borba.

Organização criminosa

  • Simão Peixoto Lila
  • Aldine Mirella de Souza Freitas
  • Aldonira Rolim de Assis
  • Edival das Graças Guedes
  • Ione Azevêdo Guedes
  • Michele de Sá Dias
  • Kleber Reis Matos
  • Maria Suely da Silva Mendonça
  • Adam de Freitas da Silva
  • Keliany de Assi Lima
  • Kaline de Assis Lima

Assim, a operação do Gaeco apura casos de corrupção na Prefeitura Municipal de Borba.

Nota do MP-AM

O Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou, hoje, 23/5, a Operação Garrote. A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos no município de Borba, dando cumprimento a 11 mandados de prisão preventiva, 28 mandados de busca domiciliar, 28 mandados de busca pessoal e 28 mandados de busca veicular, totalizando 95 medidas cautelares.

A operação atinge autoridades municipais, familiares, empresários e agentes públicos envolvidos em crimes contra a administração pública, fraudes em crimes licitatórios e lavagem de dinheiro. O MPAM busca o ressarcimento aos cofres públicos e o afastamento dos agentes públicos investigados de suas funções.