Dois homens foram presos e uma mulher detida em flagrante durante uma operação em Jaguaré, no interior do Espírito Santo. Eles são suspeitos de fabricar armas de fogo com uma impressora 3D para vender.
Segundo a Polícia Civil, no local alvo da operação, foi encontrada uma oficina para produção de armas. Diversas munições, duas submetralhadoras caseiras e partes de armas também foram apreendidas no imóvel.
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A titular da Delegacia de Polícia de Jaguaré, a delegada Gabriella Zaché explicou que quando as equipes de investigadores chegaram no imóvel, na última quarta-feira (30), uma arma estava sendo impressa.
Um dos suspeitos tentou negar que o revólver era fabricado e alegou que produzia facas. Ao verificar os pen drives que estavam na impressora, a polícia constatou que eram, de fato, partes de armas que estavam sendo impressas.
“A investigação começou com uma denúncia há cerca de dois meses. Policias começaram a monitorar e notaram atitudes suspeitas. As armas eram produzidas em uma oficina que ficava nos fundos, mas na residência tinha um quarto em que ficavam as impressoras 3D”, detalhou.
Ainda de acordo com a polícia, os suspeitos vão responder por comércio de armas de fogo e associação criminosa. As investigações vão continuar.
Durante coletiva de imprensa na manhã de sexta-feira (1º), o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, coronel Alexandre Ramalho, destacou a importância da operação contra a violência no Estado.
Ramalho frisou que, apesar de serem armas de fabricação caseira e montadas de forma rudimentar, elas são capazes de matar. Ele destacou que muitas dessas armas são destinadas para o tráfico de drogas.
Ramalho frisou que, apesar de serem armas de fabricação caseira e montadas de forma rudimentar, elas são capazes de matar. Ele destacou que muitas dessas armas são destinadas para o tráfico de drogas.
Nos últimos 31 dias, 60 assassinatos ocorreram nos municípios capixabas, contra 95 registrados no mesmo período do ano passado.
O secretário destacou que a maioria destes crimes foram cometidas com arma de fogo. Cerca de 42% envolveram, segundo o secretário, pessoas entre 15 e 29 anos.