O Vaticano divulgou nesta terça-feira (25/2) a mensagem de quaresma aos fiéis assinada pelo papa Francisco, que está hospitalizado desde o dia 14 de fevereiro no Hospital Policlínico Universitário Agostino Gemelli, em Roma. O texto, intitulado “Caminhemos Juntos na Esperança”, foi assinado por ele cerca de uma semana antes da internação, na Basílica Papal São João de Latrão.
Na mensagem, papa Francisco pede aos fiéis que eles se direcionem e ajudem os que vivem em situação de vulnerabilidade física ou espiritual em suas respectivas comunidades e que eles não se esqueçam dos irmãos e irmãs marginalizados, atuando como “tecelões de unidade” em um mundo marcado por tensões e polarizações.
Continua depois da Publicidade
Internação do papa Francisco
- O papa Franscisco está internado desde o dia 14 de fevereiro, em Roma.
- Ele enfrenta um quadro de pneumonia bilateral, uma infecção grave que afeta os pulmões e dificulta a respiração.
- No fim de semana, ele teve insuficiência renal leve, crises respiratórias e precisou receber altos fluxos de oxigênio.
- Boletim médico desta terça (25/2) informou que ele dormiu bem à noite, após leve melhora registrada nessa segunda (24/2).
O papa clama aos fiéis para que eles passem pela vida “sem pisar nem sobrecarregar os outros”, de forma que não deixem ninguém para trás ou sentindo-se excluído. Ele faz um apelo em favor da solidaredade para que, nesta quaresma, todos superem “a tentação de nos fecharmos na nossa autorreferencialidade e de nos preocuparmos apenas com as nossas próprias necessidades”.
No texto, o papa menciona o caminho do povo de Israel rumo à terra prometida, passagem narrada no livro do Êxodo, no Antigo Testamento: “Não podemos recordar o êxodo bíblico sem pensar em tantos irmãos e irmãs que hoje fogem de situações de pobreza e violência e vão em busca de uma vida melhor para si e para os seus entes queridos”.
Papa Francisco pede um olhar mais empático para os vulneráveis e encoraja os cristão a fazer “um bom exercício” e entender, diante da realidade, se estão “estáticos” nas respectivas zonas de conforto ou se buscam “caminhos de libertação de situações de pecado e falta de dignidade”.
“Os cristãos são chamados a caminhar juntos, nunca como viajantes solitários. O Espírito Santo nos impulsiona a sair de nós mesmos para ir em direção a Deus e aos irmãos, e nunca a nos fecharmos”, insiste o papa.
Papa Francisco em seu último evento público. 12/02
Pedido aos membros da Igreja
Francisco termina a mensagem clamando aos fiéis para que eles passem pela vida acreditando na esperança ” da confiança em Deus e em sua grande promessa, a vida eterna”. Ele retoma, nesse caso, o tema definido por ele do Jubileu de 2025, que é “Peregrinos da Esperança”.
“Perguntemo-nos diante do Senhor se somos capazes de trabalhar juntos, como bispos, sacerdotes, consagrados e leigos, ao serviço do Reino de Deus; se tivermos uma atitude acolhedora, com gestos concretos, para com aqueles que se aproximam de nós e para com aqueles que estão longe; se fazemos as pessoas se sentirem parte da comunidade ou se as mantemos à margem.”