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Internacional

Prêmio Nobel

Saiba quem são os ganhadores do Nobel de Medicina 2023

O Prémio Nobel da Medicina foi atribuído esta segunda-feira à húngara Katalin Kariko e ao norte-americano Drew Weissman pelas suas descobertas no domínio do ARN mensageiro que abriram caminho às vacinas contra a Covid-19.


O Prêmio Nobel Medicina 2023 foi concedido nesta segunda-feira (2) a dois cientistas, uma húngara e outro americano, pelos estudos deles que permitiram o desenvolvimento de vacinas eficazes contra a covid-19. O prêmio, um dos mais prestigiados do mundo científico, foi selecionado pela Assembleia Nobel da Universidade Médica do Instituto Karolinska, na Suécia. Outros cinco nomes serão revelados e premiados nos próximos dias.

Veja a lista dos vencedores dos últimos 10 anos do Prêmio Nobel de Medicina:

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– 2023: Katalin Karikó (Hungria) e Drew Weissman (EUA) pelo desenvolvimento da tecnologia de RNA mensageiro que abriu caminho para as vacinas contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech e da Moderna.

– 2022: Svante Pääbo (Suécia) pelo sequenciamento do genoma dos neandertais e a criação da paleogenômica.

– 2021: David Julius e Ardem Patapoutian (Estados Unidos) por suas descobertas sobre a forma como o sistema nervoso percebe a temperatura e o toque.

– 2020: Harvey J. Alter e Charles M. Rice (Estados Unidos) e Michael Houghton (Reino Unido) por seu papel na descoberta do vírus que provoca a hepatite C, uma doença que mata 400.000 pessoas a cada ano. Suas pesquisas contribuíram para o desenvolvimento de exames de sangue e tratamento eficazes.

– 2019: William Kaelin e Gregg Semenza (Estados Unidos) e Peter Ratcliffe (Reino Unido) por suas pesquisas sobre a adaptação das células ao aporte variável de oxigênio, o que abre perspectivas para o tratamento contra o câncer e a anemia.

– 2018: James P. Allison (Estados Unidos) e Tasuku Honju (Japão) por suas pesquisas sobre a imunoterapia, especialmente eficazes no tratamento de casos de câncer agressivos.

O Brasil não possui prêmio Nobel “porque destrói seus heróis”

Desde 1901, foram concedidos quase 600 Prêmios Nobel, distribuídos para mais de 60 diferentes nações. A Argentina tem cinco prêmios (incluindo dois da Paz). O Chile tem dois, assim como a Colômbia. O México tem três. A Guatemala dois. A Venezuela, um. Até mesmo países pequenos, como Ilhas Faroe, Luxemburgo, Santa Lúcia, Lituânia e Mianmar também já conquistaram suas premiações.

E o Brasil? Nenhum. Uma rápida pesquisa no Google nos mostra que é corriqueiro o questionamento sobre o porquê da ausência de prêmios ao país e as explicações, principalmente quando falamos de ciência, giram em torno da falta de investimentos – ou a má aplicação deste orçamento já apertado. Contudo, poderíamos questionar o Nobel de Mianmar, onde mais da metade das crianças vive abaixo da linha de pobreza, da Guatemala ou da Colômbia se esta fosse a única justificativa.

Uma explicação no mínimo surpreendente surgiu há poucos dias e veio de um jantar entre um brasileiro e três membros do comitê responsável pela indicação dos Prêmios Nobel. O brasileiro em questão é Ozires Silva, ex-presidente e fundador da Embraer.

Ozires Silva foi presidente da Petrobras, da Varig e Ministro de Estado por duas vezes. Aos 87 anos, voltou sua trajetória à educação, sendo presidente do conselho de inovação da Ânima e reitor da Unimonte. No programa Roda Viva, ele compartilhou com os espectadores esta conversa que teve com os membros do comitê, trazendo aos brasileiros um triste argumento para o questionamento que norteia este texto: por que o Brasil nunca venceu um Prêmio Nobel? Confira abaixo a fala de Ozires Silva.

“Em um jantar, em Estocolmo, eu vi que eu tinha, de repente, três membros do comitê que indica os prêmios Nobel. Daí, fiz esta pergunta para eles. Eles não responderam imediatamente, porque acho que ficaram meio embaraçados, mas acho que, depois de umas doses de vodca e coisas desse tipo, um deles falou o seguinte: ‘vou responder sua pergunta. Vocês brasileiros são destruidores de heróis.’ Olha, foi uma pancada no estômago. Falei ‘por quê?’ Ele falou que todos os candidatos brasileiros que apareceram, contrariamente aos dos outros países, em particular os Estados Unidos, quando aparece um candidato brasileiro, todo mundo joga pedra do Brasil. Não tem apoio da população. Parece que o brasileiro desconfia do outro ou tem ciúmes do outro, sei lá o que acontece.”

Com informações do LÉxpress e Itatiaia – Vídeo: Roda Viva