Homem ergue a bandeira mexicana em meio a fumaça e chamas durante protesto contra as “varreduras” federais de imigração, perto da Prefeitura de Los Angeles, Califórnia, em 8 de junho de 2025 – Foto: David Swanson/Reuters
Na noite deste domingo (08), a polícia de Los Angeles declarou toda a área central da cidade como uma zona de “reunião ilegal” e ordenou que os manifestantes se dispersassem, após três dias de intensos protestos contra a política de imigração do presidente Donald Trump. A mobilização de tropas da Guarda Nacional para apoiar as operações policiais gerou polêmica, com críticas do governador da Califórnia, Gavin Newsom, que qualificou a ação como “ilegal”.
A situação, que se agravou em meio a manifestações contra as políticas de imigração do governo Trump, tem sido acompanhada de perto por autoridades locais e federais. Trump, por sua vez, se defendeu afirmando que a resposta do governo é totalmente legal e necessária para restaurar a ordem, diante de episódios de violência registrados em algumas das manifestações.
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O presidente, em suas declarações, afirmou que está tomando “todas as medidas necessárias” para garantir a segurança e a integridade das instituições federais, destacando que as ações do governo têm como objetivo garantir a aplicação da lei e combater a violência.
De acordo com as autoridades locais, a Guarda Nacional foi enviada para proteger prédios do governo federal no centro de Los Angeles, após um aumento nos confrontos entre manifestantes e policiais, incluindo o lançamento de projéteis e incêndios em veículos. A polícia de Los Angeles, que prendeu mais de 30 pessoas em dois dias de protestos, declarou que a ação visa impedir a escalada da violência, enquanto a Prefeitura de Los Angeles criticou a mobilização federal como uma medida desnecessária.
Por outro lado, o chefe de polícia da cidade, Jim McDonnell, afirmou que os protestos devem ser tratados com respeito ao direito à manifestação pacífica, mas destacou que a violência não pode ser tolerada.
A mobilização de tropas, no entanto, foi defendida pelo governo federal como uma ação legal e legítima para combater o que chamou de “insurreições” e “tumultos” gerados pelos manifestantes. A Casa Branca contestou as críticas de Newsom e das autoridades locais, alegando que os protestos estavam se transformando em um cenário de “caos e ilegalidade”, justificando, assim, a intervenção do governo.
Apesar da controvérsia sobre a legalidade das ações, o governo de Trump segue convencido de que as medidas são necessárias para conter o aumento da violência e garantir a segurança nas áreas mais afetadas pelos protestos.