O Congresso dos Estados Unidos anunciou neste sábado (01/06) que convidou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a realizar um discurso no Capitólio. Não foi informada uma data específica para que o evento aconteça, mas a imprensa local especula que o evento poderia ocorrer durante este mês de junho.
O convite a Netanyahu foi uma iniciativa em conjunto das lideranças tanto do Partido Democrata quanto do Partido Republicano, no Senado e na Câmara de Representantes dos Congresso norte-americano.
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O texto da resolução do Congresso justifica o convite dizendo que ele busca “desenvolver a relação duradoura e destacar a solidariedade dos Estados Unidos com Israel”.
“Queremos que ele compartilhe a visão do governo israelense para defender a democracia, combater o terrorismo e estabelecer uma paz justa e duradoura na região (do Oriente Médio)”, diz o comunicado.
A medida ignora o fato de que o Tribunal Penal Internacional (TPI) ter expedido um mandado de prisão contra Netanyahu, solicitado pelo procurador Karim Khan, que acusa o líder do governo sionista de Israel por “crimes de guerra e crimes contra a humanidade”. Países como Alemanha e Espanha já afirmaram que o premiê será detido caso realize uma visita aos seus respectivos territórios.
Além dos problemas do líder sionista com a Justiça internacional, outro fato importante é a forte onda de repúdio a Israel que cresce sobretudo nas universidades norte-americanas: em mais que 40 delas há registros de acampamentos e outras iniciativas estudantis de repúdio contra a ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, que já matou mais de 36 mil civis palestinos.
Vale lembrar que Netanyahu já discursou no Congresso dos Estados Unidos em três ocasiões, a última delas no ano de 2015, quando o país norte-americano era governado por Barack Obama.
O sionismo é um movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado nacional judaico independente e soberano no território onde historicamente existiu o antigo Reino de Israel.
Com informações de Victor Farinelli (Opera Mundi)