O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e a ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, concordaram em buscar maneiras de evitar uma guerra mais ampla no Oriente Médio após ataques no Líbano e no Irã, disse o Departamento de Estado na quinta-feira.
Num telefonema nesta quarta-feira (03), os dois principais diplomatas “discutiram a importância das medidas para evitar a expansão do conflito em Gaza, incluindo medidas afirmativas para diminuir as tensões na Cisjordânia e evitar a escalada no Líbano e no Irã”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, disse, Matthew Miller.
Milhares de pessoas compareceram ao funeral em Beirute, nesta quinta-feira (04), do número dois do Hamas, Saleh al-Arouri, que foi morto em um ataque no Líbano atribuído a Israel.
Apelando ao Hamas para vingar a sua morte e o assassinato de outros cinco membros do grupo militante palestiniano na terça-feira, os enlutados reuniram-se numa mesquita para recitar a oração dos mortos antes de marcharem para o campo de refugiados de Shatila, onde três deles seriam enterrados.
Os caixões dos três, Arouri, Azzam al-Aqraa do braço militar do Hamas, Brigadas Ezzedine al-Qassam, e Mohammad al-Rais, estavam envoltos em bandeiras palestinas e do Hamas.
Uma metralhadora foi colocada em cima de cada caixão e tiros pesados soaram enquanto o cortejo fúnebre se dirigia ao cemitério, abafando os gritos de “Allahu Akbar” (Deus é o Maior) dos enlutados agitando bandeiras palestinas e dos aliados islâmicos do Hamas, Jihad.
“Abu Obeida, bombardeie Tel Aviv”, gritavam os presentes, dirigindo-se ao porta-voz do braço militar do Hamas em Gaza pelo seu nome de guerra.
Arouri e os outros seis membros do Hamas foram mortos num ataque num reduto do sul de Beirute do grupo armado Hezbollah, apoiado pelo Irã.
O Hamas e autoridades de segurança libanesas acusaram Israel de lançar o ataque, com um oficial de segurança libanês de alto nível dizendo que eles foram alvo de mísseis guiados.
Um oficial de defesa dos EUA disse à AFP nesta quarta-feira (03) que Israel estava por trás do ataque. Israel não assumiu qualquer responsabilidade.
Com informações da France24 com AFP, AP, Reuters