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Internacional

Jerusalém

Israel segue EUA e sai de Conselho de Direitos Humanos da ONU alegando preconceito

Os Estados Unidos fizeram o mesmo na na última terça-feira (4). Embaixador afirma que país se compromete com a causa em 'mecanismos não politizados'


Israel informou nesta quinta-feira (6) ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas que está se desligando do órgão, alegando que o órgão foi preconceituoso com o país, segundo o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar.

Os membros do conselho repetidamente levantaram questionamentos sobre possíveis violações de direitos humanos por Israel na guerra em Gaza. Um inquérito da ONU, iniciado pelo conselho, concluiu no ano passado que a imensa escala de assassinatos na região equivalia a um crime contra a humanidade. Israel rejeitou a conclusão e diz que toma cuidado para evitar vítimas civis.

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Crianças deixam escola mantida pelas Nações Unidas no campo de Balata, na Cisjordânia ocupada (04-01) – Foto: Zain Jaafar/AFP

Em uma carta ao presidente do órgão da ONU, Jorg Lauber, Saar disse: “A decisão foi tomada à luz do preconceito institucional contínuo e implacável contra Israel no Conselho de Direitos Humanos, que tem sido persistente desde sua criação em 2006.”

Embora as decisões do conselho não tenham poder vinculante, ou seja, não sejam de cumprimento obrigatório, seus debates têm peso político e podem aumentar a pressão global sobre os governos para que mudem de posicionamento. É comum que investigações ordenadas pelo conselho levem a processos por crimes de guerra em tribunais internacionais.

Ele disse que a ação não foi coordenada com Washington e provavelmente teria acontecido independentemente da retirada dos EUA. O representante permanente de Israel na ONU, Danny Danon, elogiou na segunda-feira as ações —até então não oficializadas— de Trump, acusando o conselho de “promover agressivamente o antissemitismo extremo”.