O Citigroup creditou, por engano, US$ 81 trilhões (o equivalente a R$ 471,5 trilhões, pela cotação atual) na conta de um cliente, em abril do ano passado, em vez de US$ 280 (R$ 1,6 mil).
O caso foi revelado nesta sexta-feira (28/2) pelo jornal britânico Financial Times.
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O que aconteceu
- O erro na transferência para o cliente com uma conta de custódia no Brasil passou batido por dois funcionários do banco – e foi só detectado por um terceiro, 90 minutos após o depósito.
- Segundo o jornal britânico, o episódio foi reportado pelo Citigroup ao Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) como um “quase acidente”.
- O Office of the Comptroller of the Currency (OCC, órgão ligado ao Tesouro dos Estados Unidos que supervisiona e regula os bancos norte-americanos) também foi informado pelo Citigroup.
- A transferência acabou sendo revertida algumas horas depois de ser efetuada, de acordo com relatos de duas pessoas próximas ao caso.
- O “quase acidente” teria sido provocado por uma incompatibilidade na entrada do valor e por um sistema de back-up com uma interface mais complicada para o usuário.
O que diz o Citigroup
Em nota encaminhada ao Metrópoles, o banco afirma que, “apesar do fato de que um pagamento desse tamanho não poderia realmente ter sido executado, nossos controles identificaram prontamente o erro entre duas contas contábeis do Citi e reverteram a transação”.
“Nossos controles preventivos também teriam impedido que quaisquer fundos saíssem do banco. Embora não tenha havido impacto para o banco ou para o nosso cliente, o episódio ressalta nossos esforços contínuos para eliminar processos manuais e automatizar controles por meio de nossa Transformação”, diz o Citigroup.
Erros semelhantes nos últimos anos
No ano passado, foram reportados 10 “quase acidentes”, envolvendo cerca de US$ 1 bilhão, nos sistemas do Citigroup, segundo informações de um relatório interno obtido pelo Financial Times. Em 2023, foram 13 casos.