O fenômeno é resultado da combinação entre as queimadas que devastam áreas da Amazônia e a ausência de chuvas, agravada pelas altas temperaturas registradas nos últimos dias. Com os ventos fracos, a fumaça se acumulou sobre a cidade, gerando uma verdadeira nuvem de poluentes que está afetando a saúde dos manauaras.
De acordo com os dados mais recentes, o índice de qualidade do ar (IQA) chegou a ultrapassar os 150 pontos, classificando o ar como “insalubre”. Essa situação representa um risco significativo para crianças, idosos, gestantes e pessoas com problemas respiratórios, que são orientadas a evitar atividades ao ar livre e, sempre que possível, manter-se em ambientes fechados.
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Confira a medição da poluição em tempo real: https://aqicn.org/map/manaus/pt/
Além dos impactos na saúde, a visibilidade na cidade também foi comprometida, prejudicando o tráfego aéreo e terrestre. Motoristas relatam dificuldades para dirigir devido à baixa visibilidade, e alguns voos no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes tiveram que ser redirecionados ou adiados.
As autoridades locais já emitiram alertas para a população e estão monitorando a situação. A previsão é de que os níveis de poluição continuem elevados nos próximos dias, caso as condições climáticas não melhorem.
Enquanto isso, os moradores de Manaus enfrentam um fim de semana cinzento, com a esperança de que a chuva, tão esperada, traga algum alívio para o ar sufocante que paira sobre a cidade.
O governador Wilson Lima decretou em 23 de julho emergência ambiental no estado, por causa das queimadas. A Defesa Civil já começou a implementar medidas de combate à atividade.
A poluição emitida no ar diariamente em Manaus altera a composição química da atmosfera da floresta amazônica, modificando a formação de nuvens, a ocorrência de chuva, a incidência de luz solar na mata e o processo de fotossíntese da vegetação, atividades essenciais ao ecossistema da Amazônia.