AnúncioAnúncio

Amazonas

Manaus

Murb recebe da Prefeitura de Manaus R$ 88 milhões em limpeza sem licitação

Após mais de um ano, prestando serviço, empresa Murb recebeu um total de R$ 107,3 milhões da Prefeitura, 70% do total sem licitação. Rossemiro Lopes Teixeira Neto e José Curcino Monteiro Neto são os empresários que respondem pela Murb.


A Murb é empresário Rossemiro Lopes Teixeira Neto, tendo como sócio administrador Jose Curcino Monteiro Neto, e, ainda a Moby Dick Participacoes Ltda. Cursino foi um dos alvos da Operação Eminência Parda, desdobramento da Operação maus Caminhos, como então dono da empresa Rio Piorini.

Rossemiro é sobrinho do pecuarista José Lopes, recentemente alvo da Advocacia-Geral da União (AGU) que ingressou na Justiça Federal do Distrito Federal, com ação civil pública por dano climático, de R$ 292 milhões. Ele foi autuado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por ter desmatado e queimado 5,6 mil hectares da Floresta Amazônica entre 2003 e 2016, nos municípios de Boca do Acre e Lábrea, no Sul do Amazonas.

Continua depois da Publicidade

A gestão do prefeito David Almeida já pagou R$ 107,3 milhões para a empresa Murb Manutenção e Serviços Ltda , dos quais R$ 71,5 milhões neste ano e R$ 35,7 milhões, em 2022. No total a apresa recebeu cerca de R$ 88 milhões, sem licitação.

No final de setembro, a Murb firmou contrato com a Prefeitura para serviços de conservação e limpeza pública no valor de R$ 114,8 milhões com prazo de 12 meses. A limpeza é nas “vias, logradouros e bens públicos”.

A licitação chegou a ser suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por falta de transparência. Depois, ao liberar o pregão, somente três empresas participaram, a Mamute, alvo de operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, a Amazoncreto, que foi desclassificada e a Murb, que venceu o Pregão 018/2013, realizado no final de setembro deste ano.

(Foto: D’Castro / Semulsp)

A Murb, que antes se chamava Arganorte Indústria e Comércio Ltda. já foi alvo de investigação em 2016.

Na época, os sócios da Arganorte tiveram os bens bloqueados em uma decisão da juíza Jádia Fraxe, da 1ª Vara do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) no Amazonas, datada de 29 de junho de 2016. A decisão foi resultado de uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal (MPF).

Segundo o MPF, o Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou irregularidades em uma licitação para compra de itens destinados à merenda escolar da secretaria de Educação (Semed) que teve a Arganorte como vencedora em 2011. Estima-se que o prejuízo ao patrimônio público chegou a R$ 1,2 milhão.

Fonte: D24am

Leia Mais