A qualidade do ar é considerada péssima e a fumaça voltou a encobrir Manaus, neste sábado (4), de acordo com o sistema “Selva”, desenvolvido pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Atualmente, a capital amazonense vive uma grave crise ambiental, agravada pelas queimadas, que encobre a cidade de fumaça, e pela seca histórica que atinge a região. As zonas leste, sul, centro, centro-sul, oeste e centro-oeste são as mais afetadas.
Durante todo o mês de outubro, os manauaras sentiram os efeitos da fumaça pela cidade. Segundo o Ibama e a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (Sema), o fenômeno é resultado de queimadas que teriam ocorrido na Região Metropolitana da capital e no Pará.
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Moradores da região centro-sul reclamaram do odor das queimadas, que voltou a ser sentido nas ruas e dentro das casas, deixando a qualidade do ar péssima.
A plataforma Selva, que monitora os níveis de poluição do ar na capital, mostra que a qualidade do ar está péssima na Zona Leste e Sul de Manaus, atingindo principalmente os bairros Zumbi dos Palmares e Morro da Liberdade. A poluição até ultrapassou os limites da escala que mede os níveis de partículas por metro cúbico.
O Ibama explica
“As chuvas diminuíram na região metropolitana o que favoreceu o reaparecimento de focos de fogo, queimadas e incêndios florestais. Outros estados como Pará, Amapá e Mato Grosso, outros do Nordeste como Maranhão e Piauí, continuam com grande número de focos. Diversas modelagens climáticas mostram que a fumaça dessas regiões está sendo carregada para o Amazonas. Tais fatos têm gerado a volta e intensificação da fumaça na cidade de Manaus.”
Ainda de acordo com o órgão, “a fumaça é levada de um lugar para o outro por massas de ar e, por isso, não se dissipa tão rápido, afetando a visibilidade e a qualidade do ar.”
Um alerta divulgado pela Sema na segunda-feira (30) indica que Manaus vai demorar a ver o céu azul. Segundo a secretaria, como as chuvas estão abaixo da média para o período, a massa de calor pode continuar interferindo a qualidade do ar nos próximos dias. “Uma vez que partículas de fumaça encontram dificuldades em se dispersar nessas condições”, explicou.