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Ministério Público da Espanha recorre de anulação da condenação de Daniel Alves

Órgão defende credibilidade do depoimento da vítima e afirma que havia provas suficientes para manter a sentença por estupro.


O Ministério Público da Espanha recorreu nesta quarta-feira (11) da decisão que anulou a condenação do ex-jogador Daniel Alves por estupro. O recurso foi apresentado à Suprema Corte do país.

Segundo o jornal El País, a promotoria baseia seu recurso em um único fundamento legal e pretende contestar a decisão judicial que considerou o relato da vítima “não confiável” o suficiente para manter a condenação do atleta.

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Em março de 2024, a Justiça anulou a sentença de 4 anos e 6 meses de prisão, alegando inconsistências entre o depoimento da vítima e as imagens captadas pelas câmeras de segurança da boate Sutton, em Barcelona, onde o abuso teria ocorrido no dia 31 de dezembro de 2022.

O Ministério Público argumenta que a condenação inicial foi “exaustiva e absolutamente racional”, sustentando que o depoimento da vítima foi considerado “crível” e corroborado por outras provas, como o reconhecimento de penetração — admitida por Daniel Alves, que alega ter ocorrido de forma consensual — e a análise de materiais genéticos encontrados na boca da jovem.

O ex-jogador do Barcelona e da seleção brasileira ficou 14 meses preso no centro penitenciário Brians, em Barcelona, sendo liberado após o pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões).

Desde o início do processo, Daniel Alves apresentou cinco versões diferentes sobre o ocorrido, negando em todas elas ter cometido o crime.