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Internacional

Saúde

Pelo menos 1 morte confirmada entra as 75 pessoas infectadas após comer McDonald’s

Duas pessoas afetadas desenvolveram síndrome hemolítico-urêmica, que pode provocar insuficiência renal grave. Pessoas foram infectadas em 13 estados diferentes, segundo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Depois de apresentar problemas em um dos sanduíches da rede de fast-food, as ações caíram 5,6%.


O número de pessoas infectadas com a bactéria “Escherichia coli” após comerem na rede McDonald’s cresce nos Estados Unidos e já chega a 75, anunciaram autoridades nesta sexta-feira (25). Vinte e duas pessoas foram internadas, em 13 estados, informou a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA). Uma morte foi confirmada.

Pelo menos 75 pessoas foram infectadas após comer McDonald’s. Uma morte foi confirmada – Foto: TV CBS

Duas pessoas afetadas desenvolveram síndrome hemolítico-urêmica, que pode provocar insuficiência renal grave. Dos 42 pacientes interrogados, todos afirmaram ter comido no McDonald’s e 39 disseram ter consumido hambúrguer.

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A rede retirou preventivamente do seu cardápio nos Estados Unidos o sanduíche “Quarterão”, e disse que vai deixar de usar, “por tempo indefinido”, cebolas da empresa Taylor Farms, que abastecia cerca de 900 lanchonetes da marca.

A FDA não foi notificada sobre casos fora dos Estados Unidos. Duas denúncias já foram feitas por pessoas afetadas, cada uma pedindo uma indenização de 50 mil dólares (285 mil reais), informou à AFP o advogado de defesa, Ron Simon.

Sintomas de infecção por E. coli

As infecções intestinais causadas pela E. coli podem levar a sintomas como diarreia e dor abdominal, principalmente, além de náuseas e vômitos.

No caso da cepa E. coli O157:H7, os sintomas incluem cólicas abdominais intensas e diarreia aquosa, que pode vir acompanhada de sangue dentro de 24 horas após o início dos sintomas. Segundo o Manual MSD, muitas vezes, as pessoas podem ser hospitalizadas.

Na maioria dos casos, a diarreia pode se resolver espontaneamente dentro de oito dias. No entanto, a infecção por E. coli O157:H7 é considerada grave e pode causar complicações mais sérias de saúde, como síndrome hemolítico-urêmica — doença que se caracteriza por anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e lesão renal aguda. Em casos mais graves, a infecção por essa cepa pode levar à morte.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento?

O diagnóstico de infecção por E. coli pode ser feito através do exame de sangue, de fezes ou de urina. Uma vez que a doença é detectada, geralmente, são receitados antibióticos para combater as bactérias.

Nos quadros mais graves de diarreia, os pacientes podem receber líquidos contendo sais minerais por via intravenosa, para repor a hidratação. Além disso, casos relacionados a cepa E. coli O157:H7 não são tratados com antibióticos, de acordo com o Manual MSD, por aumentar o risco de síndrome hemolítico-urêmica.

Como prevenir a infecção por E. coli?

A prevenção da infecção por E. coli é feita evitando o consumo de alimentos crus ou não cozidos o suficiente. Além disso, é importante evitar leite não pasteurizado, lavar bem as mãos com sabão e água corrente frequentemente, principalmente antes de preparar ou ingerir alimentos, e evitar a ingestão de água de lagos, riachos, piscinas e lagoas.