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Internacional

Oriente Médio

Israel não seguirá cessar-fogo até receber lista de reféns, diz Netanyahu

Hamas deve libertar 33 prisioneiros na primeira fase do acordo, que entra em vigor neste domingo (19).


O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu alertou que Israel não continuará com o acordo de cessar-fogo e reféns, previsto para entrar em vigor neste domingo (19), até receber uma lista dos nomes dos reféns que o Hamas libertará.

 

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“Não poderemos prosseguir com a estrutura até recebermos a lista dos reféns que serão libertados, como foi acordado. Israel não tolerará violações do acordo. O Hamas é o único responsável”, disse Netanyahu em uma declaração divulgada por seu gabinete neste sábado (19).

Um porta-voz do primeiro-ministro disse que Israel deveria receber a lista de nomes dos 33 reféns que o Hamas libertará na primeira fase do acordo até às 16h, no horário local, deste sábado.

O Hamas ainda não comentou a declaração de Netanyahu.

Netanyahu deve fazer um pronunciamento às 20h10, do horário local.

Faixa de Gaza sitiada com corpos nas ruas. A guerra foi desencadeada pelos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023 contra Israel – Foto: Mohammed Hajjar/AP

Entenda o conflito na Faixa de Gaza

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

Veja a lista dos 33 reféns israelenses que serão libertados na primeira fase do acordo de cessar-fogo

O governo israelense notificou nesta sexta-feira (17) as famílias dos 33 reféns que devem ser libertados pelo Hamas na primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza, segundo noticiou o Times of Israel. Os nomes que constam da lista, a serem devolvidos num período de 42 dias, são os chamados casos “humanitários”: mulheres, crianças, idosos e doentes.

Israel não foi informado, porém, sobre quantos desses 33 reféns estão vivos, embora espere que a maioria esteja. As autoridades israelenses devem ainda receber um relatório completo da situação de saúde de todos os reféns sete dias após o cessar-fogo. A mídia israelense informou que as autoridades israelenses insistiram em receber primeiro os vivos entre os 33 e, no final, os corpos dos reféns mortos.

A ordem de liberação ainda não é conhecida. As identidades daqueles que devem retornar devem ser fornecidas 24 horas antes de cada liberação.

Foto: reprodução

O cronograma prevê a libertação de três reféns no primeiro dia do cessar-fogo e quatro no sétimo dia. Posteriormente, três reféns serão devolvidos a cada semana por um período de quatro semanas. Finalmente, 14 reféns serão devolvidos na sexta semana final da fase um.

Veja a seguir a lista completa:

Romi Gonen, 23

Emily Damari, 27

Arbel Yehud, 29

Doron Steinbrecher, 31

Ariel Bibas, 5

Kfir Bibas, 2

Shiri Silberman Bibas, 33

Liri Albag, 19

Karina Ariev, 20

Agam Berger, 21

Danielle Gilboa, 20

Naama Levy, 20

A lista inclui também 11 homens mais velhos:

Ohad Ben-Ami, 58

Gadi Moshe Moses, 80

Keith Siegel, 65

Ofer Calderon, 54

Eli Sharabi, 52

Itzik Elgarat, 70

Shlomo Mansour, 86

Ohad Yahalomi, 50

Oded Lifshitz, 84

Tsahi Idan, 50

E outros 11 homens com menos de 50 anos:

Hisham al-Sayed, 36

Yarden Bibas, 35

Sagui Dekel-Chen, 36

Yair Horn , 46

Omer Wenkert, 23

Sasha Trufanov , 28

Eliya Cohen, 27

Or Levy, 34

Avera Mengistu,38

Tal Shoham, 39

Omer Shem-Tov, 22

Outros 58 israelenses, cujos nomes não constam da lista, devem ser libertados como parte de uma segunda fase de um acordo, que, se aprovado, incluirá um cessar-fogo permanente em Gaza.