
Imagem de satélite mostra uma visão de perto dos edifícios destruídos no Centro de Tecnologia Nuclear de Isfahan, após ter sido atingido por ataques aéreos dos EUA, em Isfahan, Irã, em 22 de junho de 2025 – Foto: Maxar Technologies/Via Reuters
Em uma escalada de violência no Oriente Médio, Israel realizou ataques sem precedentes contra o Irã nesta segunda-feira (23), no 11º dia de confrontos entre os dois países. O exército israelense atingiu instalações militares no oeste do Irã, enquanto o Irã retaliava com mísseis, causando sirenes quase ininterruptas em Israel. A tensão aumenta com ameaças mútuas e a participação crescente de potências internacionais.
O presidente dos EUA, Donald Trump, expressou sua preocupação com o aumento dos preços do petróleo, instando para que os preços se mantenham baixos, mas ainda demonstrou interesse em uma solução diplomática para o impasse nuclear iraniano. A Casa Branca, entretanto, afirmou que Trump acredita que o governo iraniano deveria ser derrubado caso recuse negociar o programa nuclear.
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A comunidade internacional acompanha de perto os eventos, com a ONU destacando que os ataques israelenses podem ter violado o direito internacional, principalmente em relação a civis. O ataque atingiu um prédio residencial e matou três trabalhadores humanitários da Cruz Vermelha Iraniana em Teerã.
Khamenei pede mais assistência a Putin após ataques dos EUA a instalações nucleares iranianas
Enquanto o Irã ameaça consequências “graves” aos EUA e outros aliados, a Rússia se posiciona ao lado de Teerã, defendendo seu direito à autodefesa. A parceria estratégica entre os dois países continua sólida, com a Rússia se comprometendo a não revelar detalhes sobre sua cooperação militar com o Irã.

O presidente Vladimir Putin, se encontra com o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, em Teerã, Irã, em 23 de novembro de 2015 – Foto: Alexei Druzhinin Sputnik/Kremlin/Reuters
Em Israel, as sirenes de ataque aéreo continuam a ecoar, enquanto o governo israelense alerta os moradores de Teerã a se afastarem de fábricas de armas e bases militares. No campo da diplomacia, a OTAN e autoridades dos EUA afirmam que os ataques não violaram o direito internacional, mas a situação segue instável.
A ameaça de fechamento do Estreito de Ormuz, por onde transita uma parte significativa da produção mundial de petróleo, continua a afetar os mercados globais, com os preços da commodity flutuando. As tensões também impactam operações no Iraque, onde empresas petrolíferas evacuam funcionários devido à escalada das hostilidades.
Enquanto o mundo aguarda os próximos passos de ambos os países, o futuro do Oriente Médio permanece incerto, com a diplomacia e o uso da força militar disputando cada vez mais o protagonismo nas negociações internacionais.