O presidente Daniel Noboa mobilizou as Forças Armadas e anunciou em Nova York que cancelou seus compromissos na cidade para retornar a Quito.
“Vivemos a pior conjuntura climática em décadas, o que exige decisões urgentes em todos os níveis de governo”, publicou no X, alertando que os responsáveis serão processados por “terrorismo” caso a origem do fogo seja criminosa.
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“Temos pelo menos cinco focos de incêndio”, declarou o prefeito de Quito, Pabel Muñoz, no X, descrevendo a situação atual como “crítica”. Ele afirmou que o combate às chamas “não vai terminar nas próximas horas e certamente continuará durante toda a noite”.
Em entrevista coletiva, Muñoz destacou também que mais de 100 famílias foram retiradas de suas casas por razões preventivas, mas não especificou a dimensão dos danos. Dois bombeiros ficaram feridos. Três helicópteros militares e do Corpo de Bombeiros trabalhavam no combate às chamas.
O Ministério da Educação determinou que as aulas sejam ministradas de forma remota nesta quarta-feira (25) em toda a região metropolitana de Quito, devido à má qualidade do ar. Alguns funcionários públicos também vão trabalhar de casa.
No bairro residencial de Bellavista, vizinhos formavam correntes humanas para passar baldes com água. “Molhe a calçada, para que o fogo não aumente!”, gritavam, enquanto idosos recebiam ajuda de policiais e soldados para deixar suas casas.
Moradores relataram a queda de cinzas em áreas do norte da cidade e no centro histórico, que faz parte do Patrimônio Cultural da Humanidade e abriga as sedes dos governos federal e municipal.
Há três semanas, quatro incêndios florestais cobriram de fumaça e cinzas vários setores da capital e seus arredores, sem afetar as operações no aeroporto.
O Equador enfrenta a pior seca em seis décadas, que resultou em incêndios florestais, afetou o fornecimento de água e a produção agrícola e levou ao racionamento de energia.
Devido ao fogo, a cidade de Quito anunciou o fechamento de uma via estratégica que liga o norte ao sul da capital. Os incêndios geraram caos no trânsito, agravado por apagões que afetaram os semáforos.
(Com AFP)