Um grupo de deputados, entre eles Nikolas Ferreira (PL-MG), cercou Janones na primeira fila da sessão e passou a proferir xingamentos contra o parlamentar, que respondeu chamando os bolsonaristas de “gado”.
Janones e Nikolas ameaçaram se agredir fisicamente. Houve empurra-empurra, e alguns parlamentares tiveram que ser contidos.
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A sessão toda foi marcado por tumultos.
O Conselho de Ética ignorou falhas e aprovou parecer de Guilherme Boulos (PSOL-SP), arquivando a representação contra Janones. Foram 12 votos a favor e 5 contra o relatório de Boulos, que defendia o arquivamento do caso.
Boulos deixou a sessão antes que o resultado fosse proferido e não estava na sala na hora da confusão.
Tanto Boulos quanto Janones são aliados do presidente Lula (PT). O primeiro é seu candidato à Prefeitura de São Paulo. O segundo integrou a linha de frente de sua campanha eleitoral digital em 2022.
Bolsonaristas foram em massa à sessão, mesmo quem não é integrante do Conselho.
Eles discursaram em sequência contra Janones e contra Boulos, sempre fazendo referência à pré-candidatura do segundo em São Paulo.
Estava presente na sessão, por exemplo, o coach Pablo Marçal (PRTB), que também se lançou pré-candidato à prefeitura paulistana. Ele não é deputado, mas foi autorizado a participar da sessão pelo presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto (União Brasil-BA).
Marçal e Boulos chegaram a bater boca durante a sessão após o deputado do PSOL afirmar que a tropa bolsonarista levou para a sessão até um “coach picareta” e que ele poderia vender sua candidatura ao prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Nikolas se sentou logo atrás de Janones e fez um longo discurso cara a cara com o deputado do Avante, que é seu adversário. “Ele [Janones] é o maior divulgador de mentiras do Brasil e eu sou uma das vítimas, ele divulgou um ator pornô gay que disse que era eu durante a campanha”, disse Nikolas.
O PL é o mesmo partido de Jair Bolsonaro, cujo sobrenome está vinculado a diversos escândalos de rachadinha. Boulos discursou repetindo não ter analisado o mérito do caso e que se a Justiça entender que Janones cometeu rachadinha, ele tem que ser punido. Janones reafirmou na sessão não ter cometido rachadinha.