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Brasil

Brasília

Haddad terá audiência com Papa Francisco sobre taxação das grandes fortunas

Ministro da Fazenda vai ao Vaticano na semana que vem; governo Lula tem se aproximado do pontífice. Haddad, defende a ideia de taxar os fundos exclusivos, popularmente conhecidos como fundos dos "super-ricos", e também as offshores. O ministro enfatiza que as medidas não devem ser interpretadas como uma forma de "revanche".


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, realizará uma visita oficial ao Vaticano na semana que vem, nos dias 4 e 5 de junho, e terá um encontro com o Papa Francisco. Além disso, participará de uma conferência para tratar de questões econômicas do chamado “Sul Global”. Ele parte para a Itália na próxima segunda-feira (3) e retorna ao Brasil na quarta-feira (5).

Na audiência com o pontífice, Haddad irá defender a taxação das grandes fortunas, medida historicamente defendida pelo PT, mas que nunca foi aplicada no país. Outros tópicos a serem abordados, segundo o Ministério da Fazenda, são a luta contra a crise climática, a tragédia do Rio Grande do Sul e a crise da dívida dos países do Sul Global – termo utilizado para se referir a nações em desenvolvimento ou subdesenvolvidas.

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O ministro também deve falar sobre a presidência brasileira do G20, grupo que reúne as vinte maiores economias do mundo, e a cúpula do G7, que ocorrerá na Itália entre os dias 13 e 15 de junho.

Desde o início do atual governo, o Brasil tem se aproximado do Papa Francisco. Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez contato por duas vezes com o chefe de Estado do Vaticano: por telefone, em maio, e pessoalmente, em junho, quando o papa recebeu o líder brasileiro.

Já em abril deste ano, a ex-presidente Dilma Rousseff, hoje no comando do banco dos BRICS, também se encontrou com o pontífice. Na ocasião, trocaram presentes e, segundo ela, falaram sobre o combate à desigualdade e à fome, a transição energética e as ações necessárias para enfrentar as mudanças climáticas.

A agenda do ministro também inclui uma reunião bilateral com o ministro da Economia da Espanha, Carlos Cuerpo.