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Estiagem: Nível do Rio Amazonas começa a baixar em Itacoatiara

Segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB), o nível do rio vem recuando gradativamente desde o dia 16 de junho.


O Rio Amazonas deu início à sua vazante em Itacoatiara (AM), após atingir o pico da enchente neste ano no dia 10 de junho, quando a cota chegou a 12,35 metros, acordo com a Defesa Civil Municipal.

Segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB), o nível do rio vem recuando gradativamente desde o dia 16 de junho, após seis dias estagnado. Nesta sexta-feira (21), o rio está com a cota de 12,25 metros.

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Segundo a Defesa Civil de Itacoatiara, a enchente deste ano foi uma das menores já registrada, e nenhuma comunidade foi afetada. Por outro lado, o município já vem se preparando para enfrentar outra estiagem severa.

Em Itacoatiara, Rio Amazonas atingiu cota de 12,35 metros nesta sexta-feira (21) — Foto: Liam Cavalcante/Rede Amazônica

“Preocupa a gente a estiagem que está vindo. Estamos nos preparando e já cavamos mais de 21 poços no Rio Arari, e estamos em outras regiões, como a Ilha Grande, Costa do Amazonas, Paraná da Eva e o polo 5, tudo isso para que não falte água para com a população, que ficou presa na estiagem de 2023”, explicou Hekney Rebouças, coordenador da Defesa Civil de Itacoatiara.

Além da perfuração dos poços, a Prefeitura de Itacoatiara anunciou que está recuperando ramais e estradas que são utilizados por comunidades durante a estiagem.

A seca de 2023, que teve seu pico em 24 de outubro com o rio a apenas 36 centímetros afetou cerca de 200 comunidades e mais de 11 mil famílias em Itacoatiara, causando transtornos como a falta de água potável e a dificuldade de navegação, principalmente para grandes navios cargueiros que não conseguiam chegar à capital Manaus.

Situação no estado

O Amazonas se prepara para enfrentar o que, segundo especialistas, promete ser a pior seca da história. A expectativa é que a vazante dos rios este ano supere a marca histórica de 2023, quando o nível do Rio Negro, em Manaus, atingiu 13,59 metros. A menos de duas semanas para a Amazônia entrar no período seco, o cenário em todo o estado já preocupa.

Em Tabatinga, a descida do Rio Solimões começa a dificultar a vida de quem trabalha no porto da cidade. Entre segunda (17) e terça-feira (18), o nível do rio baixou 26 centímetros. Até o início do mês de junho o local estava coberto pela água, hoje está totalmente seco.

Em Humaitá, o Rio Madeira atingiu a cota de 13,46 metros, três metros a menos que o registrado no mesmo período em 2023. A vazante já traz dificuldades para profissionais de saúde que atendem os ribeirinhos da região. Para fazer o atendimento, é preciso percorrer três quilômetros a pé, onde a embarcação não chega mais.

Governo promete ações

O governador do Amazonas, Wilson Lima, apresentou o planejamento de ações do estado no enfrentamento à estiagem 2024 e combate às queimadas, na quinta-feira (20).

O governo informou que já vinha trabalhando no planejamento desde 2023 e, no início do ano iniciou um trabalho de prevenção com o objetivo de mitigar os impactos causados pelos dois fenômenos.

Abastecimento de água potável, insumos e medicamentos para a saúde, produção rural, logística para a manutenção do funcionamento da rede estadual de educação e ajuda humanitária são os principais focos do cronograma de atividades do governo.

De acordo com dados dos sistemas de monitoramento, em 2024 o período de estiagem deve ser adiantado em 30 dias e os impactos sentidos já a partir do mês de julho.

Com informações do G1