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Mãe e irmão de Djidja Cardoso são presos tentando fugir de Manaus

Além de mãe e filho, também foi presa a gerente do salão Belle Femme, Verônica da Costa Seixas. O trio foi preso momentos antes de fugir da residência, em um carro da fabricante Renault, modelo Oroch, cor branca e placas PHU-8E22.


Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, mãe e irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, e Verônica de Costa Seixas, gerente do salão no qual a ex-sinhazinha era sócia, foram presos na tarde desta quinta-feira (30) em Manaus, após mandado de prisão ser expedido pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

Segundo testemunhas, a família foi presa enquanto estava fugindo, e drogas foram encontradas no local. A prisão ocorreu após várias denúncias e investigações relacionadas aos crimes envolvendo cárcere privado e abuso de drogas.

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As autoridades judiciais agiram rapidamente após relatos de que os familiares de Djidja a mantinham em cárcere privado e em condições deploráveis devido ao uso excessivo de drogas. Além disso, a família também é acusada de fornecer substâncias ilícitas que contribuíram para a morte de Djidja.

Mãe e irmão da ex-sinhazinha no momento da prisão – Foto: reprodução

A Prisão

O desdobramento das ações de investigação levou a prisão da família de Djidja Cardoso. A ação policial foi conduzida com base em evidências substanciais coletadas durante a investigação, que foram apresentadas ao TJAM como parte do processo legal. A ação policial é vista como uma medida essencial para garantir que os responsáveis pelos supostos crimes sejam levados à justiça.

O Delegado responsável pelas investigações sobre o caso da morte da ex-sinhazinha, Djidja Cardoso, Dr. Cícero Túlio Coutinho, titular do 1° Distrito Integrado de Polícia, solicitou a prisão preventiva dos familiares de Djidja pelos crimes de associação para o tráfico (artigo 35 da lei 11.343/2006), estupro de vulnerável (art, 217-A, CP) e cárcere privado (art. 148,CP).

A policia cita a existência de uma seita religiosa fundada pelo grupo responsável por administrar um esquema de fornecimento de drogas sintéticas. Também menciona que a direção do salão de beleza obrigava funcionários a se vincularem a seita, que fazia uso de substâncias psicotrópicas, além de uma parceria com uma clínica veterinária que seria a responsável pelo comércio clandestino de Ketamina.

Material apreendido durante a prisão dos familiares de Djidja Cardoso – Foto: reprodução

ketamina ou Cetamina, também conhecida como Special K, é um anestésico geral utilizado em procedimentos cirúrgicos, entretanto é usada por algumas pessoas como uma droga recreativa, devido aos efeitos alucinógenos que ela causa, proporcionando ao usuário a sensação de estar fora do seu corpo.

Em sua justificativa para o pedido de prisão, o delegado afirma que a morte da ex-sinhazinha ocorrida na quarta-feira (29), “acabou dando notoriedade a atuação do grupo criminoso, fazendo com que os mesmos envidassem esforços no sentido de dissimular provas e se desfazer dos objetos e instrumentos do crime, fato comprovado pela coleta de evidências que haviam sido descartadas e enterradas por um integrante do bando a fim de dissimular os fatos para que a polícia não tomasse conhecimento do esquema no momento das diligências de apuração da morte suspeita por overdose de Ketamina”.

Por tudo isso, não restou alternativa ao responsável pelo caso senão solicitar a prisão preventiva dos envolvidos, se fazendo necessária a urgência quanto às medidas cautelares para não prejudicar as investigações. Ele ainda frisa ser importante o cumprimento “no plantão criminal a fim de impedir que os autores continuem a delinqüir”.

O Tribunal de Justiça do Amazonas atendeu aos pedidos do delegado e decretou a prisão preventiva de Cleusimar Cardoso e Ademar Farias, mãe e irmão da ex-item do Boi Garantido, Djidja Cardoso, cujo nome de registro é Dilemar Cardoso Carlos da Silva. Além deles, três funcionários do salão de beleza Belle Femme, em que Djidja era sócia.