
Foto: Fellipe Sampaio/STF
O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, recebeu nesse domingo (06) cinco juízes do “STF” da China, o Supremo Tribunal Popular da China. He Xiaorong, que ocupa um cargo semelhante ao de Fachin na Suprema Corte chinesa, revelou que nos tribunais do país tramitam 43 milhões de processos.
Na conversa com o vice-presidente do STF, Xiaorong também mencionou que a Inteligência Artificial (IA) tem sido uma importante aliada dos magistrados para o manejo desse volume de ações. Nessa mesma linha, Fachin também falou como a Suprema Corte brasileira também tem usado essa ferramenta a seu favor.
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Recentemente, o STF lançou a Maria, a ferramenta de inteligência artificial do tribunal. Mesmo assim, o ministro reforçou a necessidade de uma “supervisão humana” em suas operações. Durante o encontro, Fachin também mencionou o interesse em estreitar laços com a China.
“Creio que podemos prosseguir nessa cooperação. Estamos à disposição do Supremo Tribunal Popular da China para outros desenvolvimentos e outras visitas. Aqui, as portas estarão sempre abertas. A parceria entre o Brasil e a China, na área jurídica, tem longa história e foi intensificada em 2015, com o Memorando de Entendimento, para a cooperação entre as duas Cortes Supremas. Nossa intenção é aprofundar essas trocas”, declarou o ministro.

Delegação de magistrados do Spremo Tribunal Popular da China recebidos pelo vice-presidente do STF – 06/04/2025
Foto: Fellipe Sampaio /STF
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, viajou à China em julho do ano passado. Nesse período, ele também fez uma visita ao Supremo Tribunal Popular, com o objetivo de discutir o uso da Inteligência Artificial no Judiciário.
“A China, diferentemente dos Estados Unidos, tem mais preocupação com a regulação da IA e está mais alinhada com a visão europeia. Acho que algum grau de regulação é imprescindível”, declarou Barroso.