Mais da metade dos postos de trabalho fechados no setor bancário durante o ano passado foram cortados pela Caixa Econômica Federal.
É o que mostra um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) encomendado pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae).
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- A pesquisa tem como base dados do Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego.
- De acordo com o levantamento, a Caixa fechou 3.568 vagas em 2024, o que representou mais de 57% de todos os postos de trabalho cortados no setor bancário (6.198).
- O estudo do Dieese mostra ainda que a maior parte das vagas foi extinta no período entre julho e agosto, com mais de 3 mil desligamentos.
- A pesquisa também aponta que as mulheres representaram 42,6% das demissões da Caixa no ano passado, mas apenas 21,3% das novas contratações.
- A grande maioria das demissões no banco (93,8%) ocorreram por meio de adesão ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV).
- Os trabalhadores mais atingidos foram os que têm mais de 50 anos, com 3.449 demissões.
“A redução de postos de trabalho e a desigualdade nas contratações reforçam a necessidade de um debate sobre o impacto da gestão de recursos humanos no banco, que desempenha um papel fundamental no atendimento à população e na execução de políticas públicas”, avalia o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.
Entre os estados brasileiros, aqueles que registraram as maiores perdas de vagas na Caixa foram São Paulo (954 postos), Minas Gerais (650) e Rio Grande do Sul (364).
A Caixa ainda não se manifestou sobre os dados do levantamento do Dieese.