Prestes a ser exonerada do comando do Ministério da Saúde, Nísia Trindade vai pedir à Comissão de Ética da Presidência da República para cumprir quarentena remunerada por seis meses.
Durante esse período, a futura ex-ministra continuará recebendo a mesma remuneração que fazia jus durante o exercício do cargo, de R$ 44 mil brutos, ou seja, sem descontos.
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Foto: Breno Esaki
À coluna, Nísia informou que, mesm em quarentena remunerada, retornará a suas atividades como pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição vinculada ao Ministério da Saúde da qual é servidora concursada.
“Não há contradição entre estar em quarentena, conforme previsto na legislação, e retomar minhas atividades como pesquisadora da Fiocruz, o que, a rigor, nunca deixei de exercer”, explicou a ministra.
No período da quarentena, no entanto, Nísia não poderá exercer nenhuma atividade privada que possa caracterizar conflito de interesses, incluindo nesse bojo consultorias.
A quarentena está prevista na Lei 18.813, de maio de 2013, e visa impedir que ministros usem as informações privilegiadas a que tiveram acesso quando estavam no governo em benefício de interesses privados.