O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chega ao Aeroporto Internacional Las Américas, em Santo Domingo, em 6 de fevereiro de 2025 Foto: Mark Schiefelbein/AFP
O governo Trump apreendeu na quinta-feira um segundo avião pertencente ao governo do ditador venezuelano Nicolás Maduro que atualmente está na República Dominicana .
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, observou enquanto autoridades americanas afixavam o mandado de apreensão no avião durante uma visita a Santo Domingo, a última parada de sua viagem por cinco países da América Latina.
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Para realizar a apreensão, Rubio precisou assinar uma renúncia ao congelamento imposto pelo presidente Donald Trump à ajuda externa para pagar mais de US$ 230.000 em taxas de armazenamento e manutenção, de acordo com um documento do Departamento de Estado obtido pela Associated Press.
Também exigiu aprovação do Departamento de Justiça dos EUA, que disse que o avião foi usado por uma empresa estatal venezuelana de petróleo e gás natural que enfrenta sanções. Uma investigação mostrou que a empresa comprou o avião nos EUA em 2017, o enviou para a Venezuela e ele foi consertado várias vezes usando peças americanas, disse o departamento.
O avião é um Dassault Falcon 200 que foi usado por Maduro e seus principais assessores, incluindo seu vice-presidente e ministro da Defesa, para viajar pelo mundo, incluindo visitas à Grécia, Turquia, Rússia e Cuba, no que Washington diz serem violações das sanções dos EUA, de acordo com o Departamento de Estado.
A apreensão do avião acontece apenas uma semana após o enviado do presidente Donald Trump para missões especiais, Richard Grenell, visitar Caracas e se encontrar com Maduro para discutir a repatriação de cidadãos venezuelanos que entraram ilegalmente nos Estados Unidos. Grenell retornou com seis americanos que haviam sido detidos na Venezuela.
Os EUA apreenderam outro avião de Maduro na República Dominicana em setembro de 2024.
Na época, o Departamento de Justiça dos EUA disse que associados de Maduro no final de 2022 e início de 2023 usaram uma empresa de fachada sediada no Caribe para esconder seu envolvimento na compra do avião — um Dassault Falcon 900EX avaliado em US$ 13 milhões — de uma empresa na Flórida.
Em relação à primeira parada de Rubio em sua viagem, ele disse na quinta-feira que “não estava confuso” sobre o status de um acordo sobre a eliminação de taxas para navios de guerra dos EUA transitarem pelo Canal do Panamá e entendeu que o Panamá tem que seguir um processo legal para dar esse passo.
“Eles são um governo eleito democraticamente. Eles têm regras. Eles têm leis. Eles seguirão seu processo”, ele disse.
A informação veio depois que o Departamento de Estado dos EUA disse na quarta-feira à noite no X que os panamenhos concordaram em abrir mão das taxas.
O presidente panamenho, José Raúl Mulino , negou mais tarde, dizendo na quinta-feira que havia dito ao secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, um dia antes, que não poderia definir as taxas para transitar pelo canal nem isentar ninguém delas e que ficou surpreso com a declaração do Departamento de Estado dos EUA sugerindo o contrário.
As taxas têm sido um dos focos das reclamações do presidente Donald Trump sobre o canal, que ele ameaçou retomar do Panamá, a menos que o Panamá limite severamente a influência chinesa na área.
Dado que os EUA têm uma obrigação de tratado para proteger o canal, Rubio disse: “Acho absurdo que tenhamos que pagar taxas para transitar por uma zona que somos obrigados a proteger em tempos de conflito”.
(AP)