
Presidente da CBF fazendo gesto de antirrascismo – Foto: Rafael Ribeiro/CBF
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, não foi ao sorteio dos grupos da Libertadores e da Sul-Americana na última segunda-feira (17).
O mandatário da entidade máxima do futebol brasileiro não enviou representante para o evento no Paraguai. Afinal, Ednaldo ficou irritado com a entidade sul-americana por conta da punição branda após casos de racismo.
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Assim como ele, a presidente do Palmeiras também não gostou da conduta da Conmebol e também não compareceu ao sorteio na última segunda-feira.
Ednaldo cobrou da Conmebol punição esportiva ao Cerro pelo caso com Luighi. Em nota, o presidente da CBF se disse chocado com as cenas e pediu “punições enérgicas”. Além disso, ele enviou ofício também para a Fifa, pois considera que o protocolo para casos de racismo foi ignorado.
Fala desastrosa após sorteio

Presidente da Conmebol diz que Libertadores sem brasileiros é “Tarzan sem Chita” – Foto: Daniel Duarte/AFP
Durante o sorteio, Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, fez um longo discurso em que se conclamou as autoridades e os clubes sul-americanos para discutir medidas contra episódios de racismo nos torneios no continente.
Pouco depois, porém, o dirigente fez uma analogia de teor racista ao dizer que a Libertadores sem times brasileiros seria como “Tarzan sem Chita”.
Desculpas
— Em relação a minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A Conmebol Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos 10 países membros — disse Domínguez.
— Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de descriminação — concluiu o dirigente.