AnúncioAnúncio

Sem Categoria

Meio Ambiente

São Paulo é a metrópole com a pior qualidade de ar no mundo

Os dados oficiais da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) classificaram o ar da capital paulista como "muito ruim", a segunda pior classificação possível. Um ar com essa classificação pode causar e agravar problemas respiratórios e provocar diversos problemas de saúde. Veja as outras 9 cidades com a pior qualidade do ar desta segunda-feira.


A cidade de São Paulo é a metrópole com a pior qualidade de ar no mundo nesta 2ª feira (09), segundo o site suíço IQAir. O indicador de qualidade do ar foi de 160 AQI (index de qualidade do ar, quanto mais alto, pior) por volta das 12h55. A capital –e grande parte do Brasil– sofre com onda de calor, tempo seco e fumaça de incêndios.

As estações da Cetesb que indicam situação ‘muito ruim’ são Carapicuíba, Parque Dom Pedro II, Pinheiros, Osasco, Marginal Tietê, Perus, Santana, Itaim Paulista e Nossa Senhora do Ó. As onze que indicam situação ‘ruim’ são Cerqueira César, Congonhas, Grajaú, Duas Pimentas, Paço Municipal, Ibirapuera, Interlagos, Mauá, Pico do Jaraguá, São Bernardo do Campo – Centro e Santo Amaro.

Continua depois da Publicidade

A qualidade do ar na cidade é considerada “insalubre”. A concentração de PM (sigla em inglês para material particulado –ou seja, poluentes) na atmosfera é de 2,5. É 13,6 vezes o recomendado pelo valor da diretriz anual de qualidade do ar da OMS (Organização Mundial da Saúde).

A estação da Marginal Tietê, na altura da ponte dos Remédios, é o ponto de São Paulo com a pior qualidade, segundo a plataforma. O índice alcança 187 AQI na área. Dados do Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) mostram que a qualidade do ar na maioria das cidades da Região Metropolitana de São Paulo varia entre ruim e muito ruim nesta 2ª feira.

Apenas Diadema e Santo André-Capuava tinham uma situação moderada

Nenhuma estação da região metropolitana registrou situação ‘péssima’. Mas, segundo a Cetesb, a situação é a pior em 43 anos de medição automática da qualidade do ar na região metropolitana, embora não tenha detalhado quais foram as demais.

Isso ocorre por uma combinação de fatores. Um dos fatores são as queimadas em todo o País, cuja fumaça está sendo carregada para o Sudeste. Outro problema são as condições meteorológicas, somadas à poluição, que não tem favorecido a dispersão da fumaça.

A situação crítica da região metropolitana de São Paulo já tinha sido apontada mais cedo pelo site IQAir, que mede a qualidade do ar no mundo todo. De acordo com a plataforma, na manhã desta segunda-feira, São Paulo era a cidade com a pior qualidade de ar do mundo, seguida de Lahore, no Paquistão, e Kinshasa, na República Democrática do Congo.

Na parte da tarde, a situação se inverteu; Lahore era a mais poluída, seguida da capital paulista.

Imagem: iqair

SP está à frente de metrópoles com histórico de poluição, como Lahore (Paquistão, com 158 AQI), Dubai (Emirados Árabes, com 128 AQI), Doha (Catar, com 117 AQI) e Beijing (China, com 111 AQI).

Na tarde desta segunda, São Paulo havia perdido três posições e era considerada a quarta metrópole do mundo com pior qualidade do ar — Kinshasa (capital da República Democrática do Congo), Lahore (Paquistão) e Dubai (nos Emirados Árabes Unidos).

No Brasil, outras capitais que não são metrópoles têm índices ainda piores. Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC) estão no topo do ranking nacional, com índices de 249 AQI e 223 AQI respectivamente. Nas cidades, a qualidade do ar é considera pelo IQAir como “muito insalubre”.

Leia o ranking das 5 piores cidades em qualidade do ar até às 12h55m desta 2ª feira (09):

  • Porto Velho (RO) – 249 AQI. A qualidade do ar é “muito insalubre”. A concentração de material particulado na atmosfera é 34,7 vezes maior que a recomendada pela OMS;
  • Rio Branco (AC) – 223 AQI. A qualidade do ar é “muito insalubre”. A concentração de material particulado na atmosfera é 29,6 vezes maior que a recomendada pela OMS;
  • Campinas (SP) – 181 AQI. A qualidade do ar é “insalubre”. A concentração de material particulado na atmosfera é 19,6 vezes maior que a recomendada pela OMS;
  • São Paulo (SP) – 160 AQI. A qualidade do ar é “insalubre”. A concentração de material particulado na atmosfera é 13,6 vezes maior que a recomendada pela OMS;
  • Manaus (AM) – 65 AQI. A qualidade do ar é “moderada”. A concentração de material particulado na atmosfera é 3,4 vezes maior que a recomendada pela OMS.

As cidades de Porto Velho e Rio Branco não estão no ranking mundial porque o IQAir considera somente “major cities”, ou metrópoles. As capitais não são incluídas na categoria. No Brasil, das 27 capitais, só 14 são metrópoles. Elas são:

  • São Paulo
  • Rio de Janeiro
  • Brasília
  • Recife
  • Belo Horizonte
  • Fortaleza
  • Salvador
  • Curitiba
  • Porto Alegre
  • Belém
  • Goiânia
  • Florianópolis
  • Manaus
  • Vitória

Brasil em chamas

Só nesta 2ª feira (09), o Brasil registrou 3.388 focos de incêndio, segundo dados consolidados do sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Todos os 6 biomas do Brasil registraram a incidência de fogo. A Amazônia teve 1.208 focos –35,7% do total.

Imagem: reprodução

O Cerrado concentra a maior parcela das ocorrências, com 1.778 –ou 52,5%. Na semana passada, um incêndio atingiu a Floresta Nacional de Brasília, no Centro-Oeste. O ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) suspeita que o incêndio seja criminoso.

A região Sudeste também enfrentou queimadas. Desde agosto, o interior de São Paulo enfrenta uma onda de queimadas. Os incêndios atingiram cerca 25 cidades. Ao menos 11 pessoas foram presas por envolvimento em incêndio de vegetação no Estado.